Antes da reunião do G8, papa diz que dinheiro não deve governar o mundo

O fim da economia e da política é “servir e não governar”

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O papa Francisco afirmou em carta enviada ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, por ocasião da reunião do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), que o fim da economia e da política é "servir e não governar".

A carta, divulgada neste domingo pelo Vaticano, foi enviada a Cameron em resposta à que lhe enviou o primeiro-ministro do Reino Unido para informar-lhe da cúpula do G8 que será realizada na segunda (17) e na terça-feira (18) em Lough Erne, na Irlanda do Norte.

Cameron informou ao papa que a prioridade fixada pela presidência britânica para a cúpula era o livre-comércio internacional, a transparência dos governos e dos agentes econômicos, assim como ações coordenadas para eliminar definitivamente o flagelo da fome e a proteção das mulheres e crianças da violência sexual em situações de conflitos.

Francisco lhe lembrou as palavras de Bento 16 de que a atual crise global "demonstra que a ética não é algo externo à economia" e assinalou que todas as ações econômicas devem estar guiadas "pela ética da verdade e o respeito do homem".

"O homem não é um fator econômico mais ou um bem descartável, mas tem uma natureza e uma dignidade que não pode ser reduzida a simples cálculos econômicos", afirmou o papa, que ressaltou que por isso o bem-estar básico material e espiritual do ser humano tem que ser o "ponto de partida de qualquer solução política e econômica" que se adote.

Francisco insistiu que a finalidade da economia e da política é o serviço aos homens, "começando com os mais pobres e os mais fracos, onde quer que estejam, inclusive se ainda estão no ventres da mãe".

"O dinheiro e os outros meios políticos e econômicos devem servir, não governar, tendo presente que a solidariedade gratuita e desinteressada é a chave do bom funcionamento econômico global", comentou Francisco em sua carta.



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