Cerca de 300 famílias, que tiveram as terras desapropriadas para a construção do complexo industrial do porto Açu, no norte do Rio de Janeiro, considerado o projeto mais ousado do empresário Eike Batista ainda lamentam a decisão judicial, já que dos 70 quilômetros quadrados desapropriados pela Companhia de Desenvolvimento do Rio de Janeiro (Codin), vinculada ao governo do Estado, só 10% estão ocupados por obras. Agora, com a derrocada de Eike, atolado em dívidas, os agricultores querem as terras de volta. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os moradores vão entrar com uma ação popular, que vai pedir à Justiça a reversão das desapropriações por "desvio de finalidade".
O projeto inicial de Eike previa a instalação de siderúrgica, cimenteiras, termelétrica, um polo metal mecânico, um polo ferroviário, entre outras empresas. O empresário chegou a dizer, inclusive, que a negociava a vinda de uma fábrica de produtos da Apple para o Açu. Por meio de nota, a Codin informou que "o desvio de finalidade não procede, porque já existem empresas entrando em funcionamento e outras em fase de obras". A LLX não comentou a possível ação. Ela prevê que toda a área do complexo esteja ocupada em 2030.