Brasil depende do exterior em plataformas

Participação nacional na construção continua praticamente a mesma de 2002

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Petróleo | Arquivo
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Oito anos depois do então candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva ter reclamado em campanha das compras de plataformas de petróleo no exterior, a qualidade das encomendas à indústria naval nacional permanece praticamente a mesma. Embora tenha havido aumento do volume de contratos locais, com a reabertura de estaleiros, a participação nacional em cada plataforma não avançou. De 2002 a 2010, a Petrobras encomendou a construção de 15 plataformas de produção, sendo que em sete delas o casco foi executado no Brasil. No mesmo período, a estatal afretou no exterior outras 15 plataformas - afretamento é uma espécie de contrato de aluguel. O Brasil continua apenas fornecendo produtos básicos e atuando na montagem das plataformas, deixando para fornecedores estrangeiros os equipamentos de maior complexidade tecnológica. O diretor de Petróleo e Gás da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Alberto Machado, disse que as encomendas cresceram em valor absoluto e não em valor relativo. Segundo especialistas do setor, apesar da Petrobras divulgar que o conteúdo nacional das suas plataformas chega a 60% ou até a 70%, são excluídos deste cálculo os módulos de compressão de gás, geração de energia e até mesmo a conversão ou construção do casco das plataformas, que são feitos fora do Brasil. Somente estas encomendas, segundo técnicos do setor, representam em torno de 30% do investimento em uma unidade. Se consideradas todas as etapas da construção, o conteúdo nacional cairia para algo em torno de 40%. O diretor de Tecnologia da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, disse que "na prática temos a linha de montagem". - É muito pouco e é preciso avançar muito mais. Estefen foi um dos líderes da campanha em 2002 para que as plataformas da Petrobras fossem feitas no Brasil. Na época, a polêmica sobre as encomendas de plataformas no País dividiu o setor entre os que acreditavam ser possível a construção de uma unidade aqui com conteúdo de até 80% e os que defendiam ser melhor afretar plataformas no exterior, por ser mais viável economicamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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