Classes A e B cresceram mais na crise

Essas classes representaram, em 2009, quase 16% da população

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 O conjunto das classes A e B foi o mais atingido pela crise econômica inicialmente, mas também foi o que mais cresceu no ano passado, terminando o ano com renda 2,0% superior a dezembro de 2008. A avaliação é de estudo realizado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS-FGV), que considerou as seis principais regiões metropolitanas do país.

A classe C terminou o ano com redução de 0,4% na renda ante dezembro de 2008. A classe D teve alta de 1,4% e a classe E registrou queda de 1,5% no período. O economista-chefe do CPS, Marcelo Neri, vê tendência ao crescimento e melhor distribuição de renda este ano. "Existe uma certa tendência à expansão, porque acho que os empresários superestimaram a crise antes", afirmou.

A avaliação considera ainda que a base do ano passado é baixa, o que ajuda a ter resultados estatísticos melhores este ano. Além disso, em anos eleitorais, como o atual, é comum que a renda aumente e a distribuição melhore. Perda de vagas Por outro lado, Neri considerou preocupante a perda de 415 mil empregos no Brasil em dezembro registrados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Segundo ele, o resultado deve ter tido efeitos negativos na renda em janeiro deste ano, assim como a queda de emprego em dezembro de 2008 fez a crise atingir os bolsos dos brasileiros em janeiro de 2009.

"O começo do ano é mais delicado por causa da perda de emprego em dezembro", disse. Em janeiro do ano passado, todas as classes de renda pioraram significativamente em relação a dezembro nas seis principais regiões metropolitanas. O conjunto das classes A e B caiu 2,7% e a classe C diminuiu 2,2%. As classes mais baixas aumentaram: a classe D subiu 3,0% e a classe E, 6,7%. As classes A e B representaram, no ano passado, quase 16% da população brasileira.

Depois de janeiro, porém, o ano foi de recuperação e terminou relativamente bem em relação a outros países. "A crise no Brasil não foi tsunami nem marolinha, foi uma ressaca pesada em janeiro com recomposição depois", disse Neri. Ele avalia que a crise econômica no Brasil já acabou.



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