Com tarifas dos EUA, Brasil deve sofrer menos que outros países, diz Galípolo

Galípolo afirmou que o Banco Central tem uma atuação preventiva e conservadora na definição de sua política, agindo sempre com base em tendências, e não em volatilidades.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta (14), em reunião com empresários, que as tarifas que estão sendo impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump podem apresentar um efeito menor no Brasil do que em outras economias, como a do México.

Tarifas

"Essa menor relação, ou conexão comercial, do Brasil com os EUA, comparativamente com o México, induziu sensação por parte dos agentes de mercado de que eventualmente uma política de tarifas mais pesadas possa prejudicar mais o México do que o Brasil", disse. 

Ponderação

"Não estou dizendo, que com as tarifas, é melhor para o Brasil. Com certeza, não há dúvida de que em qualquer condição do comércio global é melhor não ter uma guerra tarifária. O que eu estou colocando é que no relativo, ou seja, comparativamente, talvez para o Brasil seja menos prejudicial do que, por exemplo, para o México", disse o presidente do Banco Central.

Reciprocidade

Hoje, o presidente Lula reafirmou que o Brasil vai aplicar o princípio de reciprocidade, caso o presidente Donald Trump cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país. “Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente, ou vamos denunciar à Organização [Mundial] do Comércio [OMC], ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse.

Aço e alumínio

O presidente americano anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre os quais, o Brasil.

“Fantasmas”

Galípolo afirmou que o Banco Central tem uma atuação preventiva e conservadora na definição de sua política, agindo sempre com base em tendências, e não em volatilidades, e mantendo cautela na interpretação dos dados.

Juros

Questionado sobre a alta taxa de juros no país, Galípolo disse que essa medida surtirá efeito para conter a alta inflação no país. “No horizonte que a gente consegue enxergar, as projeções apresentam a inflação fora da meta. O Banco Central reage caminhando com a taxa de juros, num patamar restritivo e de relativa segurança. O mandato do Banco Central é colocar a taxa de juros em um patamar restritivo o suficiente e pelo tempo que for necessário para que a inflação possa fazer a convergência para a meta”, acrescentou. (Com informações da Agência Brasil)

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