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CPMI do INSS: Relator e ex-presidente do INSS batem boca e sessão é suspensa

Sessão da CPMI do INSS é marcada por tensões e bate-boca entre Alessandro Stefanutto e Alfredo Gaspar. Entenda o que motivou as suspensões e o pedido de desculpas.

CPMI do INSS tem tensões e suspensões após bate-boca | Foto: Reprodução
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A sessão da CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) desta segunda-feira (13) foi marcada por tensões e suspensões sucessivas após um bate-boca entre o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Alessandro Stefanutto, e o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

Logo no início da audiência, Stefanutto se recusou a responder uma pergunta considerada não incriminatória — sobre seu tempo de serviço público —, o que levou à primeira suspensão da sessão. O ex-presidente do INSS tem um habeas corpus parcial concedido pelo ministro Luiz Fux, do STF, que o autoriza a permanecer em silêncio apenas diante de questionamentos que possam gerar autoincriminação.

Após um breve intervalo, Stefanutto respondeu que atua no serviço público desde 1993. Pouco depois, o clima voltou a ficar tenso quando o relator perguntou sobre sua relação com o ex-diretor de Benefícios, André Fidélis. O ex-presidente afirmou ter mantido “todos os diretores que já estavam no INSS” e destacou que Fidélis havia sido nomeado antes de sua gestão.

A resposta irritou o deputado Alfredo Gaspar, que acusou Stefanutto de falta de objetividade. O ex-presidente rebateu:

“Eu decido o que é objetivo ou não. Eu estou aqui como testemunha, então eu decido minha resposta.”

O embate culminou em novo bate-boca, com Stefanutto chamando a postura do relator de “vergonha” e gesticulando com o dedo em riste. Gaspar reagiu dizendo que o depoente era “o cabeça de uma instituição que roubou aposentados”. Diante do tumulto, a sessão foi suspensa pela segunda vez.

Na retomada dos trabalhos, Stefanutto pediu desculpas ao relator, que aceitou o pedido imediatamente, permitindo a continuidade da oitiva.

Mesmo após o pedido de desculpas, o ambiente permaneceu tenso, com parlamentares destacando que o depoimento é essencial para esclarecer supostas irregularidades e fraudes dentro do INSS investigadas pela comissão.

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