Crise econômica vai durar “bastante tempo” e terá “graves conseqüências”, afirma FMI

Os países emergentes também serão afetados pela crise financeira, que no momento atinge os EUA

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A crise financeira "vai a durar bastante tempo" e terá "graves conseqüências", afirmou nesta segunda-feira o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn.

"Há crises conjunturais como as que estamos vivendo", que vão "durar bastante, com graves conseqüências", disse Strauss-Kahn em uma conferência organizada em Paris pelo FMI e pela OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre as reformas estruturais na Europa.

De acordo com o chefe do FMI, os países emergentes também serão afetados pela crise financeira, que no momento atinge principalmente os Estados Unidos e os países desenvolvidos.

"Não há desconexão" entre países desenvolvidos e emergentes, e sim um "tempo diferente" na crise, explicou.

"Infelizmente, os países emergentes serão afetados" e as previsões de crescimento do FMI para esses países já foram diminuídas "de 0,75 a um ponto" percentual, acrescentou.

O mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, também afirmou que não há "desconexão", embora tenha considerado que os países de América Latina parecem "melhor preparados" para enfrentar os problemas da economia mundial.

Crise

Em meio ao temor de recessão nos EUA, o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) cortou neste domingo (16), com efeito imediato, a taxa de redesconto (usada para conceder empréstimos de curto prazo a instituições com escassez temporária de liquidez) em 0,25 ponto percentual, até 3,25%.

O Fed ampliou, além disso, o leque de possibilidades de garantias para os empréstimos, cujo período máximo de devolução foi estendido de 30 a 90 dias.

As iniciativas do Federal Reserve pretendem "aumentar a liquidez do mercado e promover o funcionamento ordenado do mercado", assinalou o banco central americano. "Ter liquidez e os mercados funcionando bem são fatores essenciais para impulsionar o crescimento econômico", acrescentou a instituição no comunicado.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, que ontem assegurou que a administração "está preparada para fazer o que for necessário para manter a estabilidade do sistema financeiro americano", se mostrou satisfeito com a decisão do Fed.

A política cada vez mais agressiva do Fed se desenvolve em um cenário no qual um crescente número de economistas acredita que a grave crise de crédito desembocou na primeira recessão dos EUA desde 2001.

As medidas deste domingo também chegam dois dias antes de o Fed se reunir para analisar a situação econômica do país e suas políticas monetárias. Os analistas e investidores esperam que o Fed decida outro rebaixamento da taxa básica de juros da economia.



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