Dólar opera em queda, abaixo de R$ 2

É a sexta sessão consecutiva em que a moeda cai ante o real, na maior série de quedas desde abril de 2008

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O dólar voltou a romper o piso de R$ 2 na manhã desta sexta-feira (29), renovando o patamar mínimo de 2009, atento ao cenário externo e a uma nova redução das apostas na alta do dólar no mercado futuro.

Por volta das 12h25, a divisa norte-americana caía 1,94%, a R$1,97, menor patamar desde o dia 2 de outubro. Frente a uma cesta com as principais moedas globais, o dólar também renovava a mínima em cinco meses e recuava mais de 1%.

É a sexta sessão consecutiva em que a moeda cai ante o real, na maior série de quedas desde abril de 2008, quando houve oito baixas seguidas.

No mês, o dólar acumula depreciação de mais de 9%. Se a tendência for mantida ao longo do dia, deve consolidar a maior depreciação mensal desde abril de 2003, quando afundou mais de 13%.

"Acho que a tendência do dólar é realmente de queda, à medida que a crise se dissipa. Você vai voltando aos modelos anteriores à crise que eram justamente de valorização do real", avaliou Marcos Forgione, operador de câmbio da B&T Corretora.

Forgione, entretanto, ponderou que as dificuldades globais ainda não foram superadas e que a percepção positiva de uma recuperação global é uma antecipação do mercado.

"O mercado na verdade é uma expectativa. A intenção é fazer manobras rentáveis em direção ao que se acha que vai acontecer", afirmou, lembrando as expectativas de que a General Motors siga a Chrysler e peça concordata em breve.

Os mercados acionários globais operavam voláteis nesta manhã. Frente a uma cesta com as principais divisas globais, o dólar renovava a mínima em cinco meses e caía mais de 1%.

Último dia do mês

Gerson de Nóbrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento, mencionou o interesse de alguns investidores de que o dólar feche a última sessão do mês a uma taxa baixa.

A última Ptax (taxa média ponderada do dólar) do mês é utilizada como referência para a liquidação de contratos de dólar futuro e outros derivativos.

Na segunda-feira (1º), vencem contratos de swap cambial reverso com volume aproximado de US$ 3,4 bilhões. Nesse tipo de contrato, o mercado ganha quando a variação do dólar é menor do que a do juro.

Contribuindo com o enfraquecimento do dólar ante o real nesta sessão, as apostas na alta do dólar no mercado futuro renovaram a mínima desde a montagem dessas posições no início de setembro do ano passado.

De acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela BM&F, os investidores estrangeiros exibiram na véspera menos de US$ 600 milhões em posições compradas. Nos piores momentos da crise, essa exibição chegou a girar em torno de US$ 14 bilhões.



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