O dólar registrou forte alta nesta sexta-feira (4), chegando a R$ 5,84, impulsionado pela reação do mercado à retaliação da China ao "tarifaço" anunciado por Donald Trump. Em resposta às taxas adicionais de 34% impostas pelos EUA, Pequim anunciou tarifas no mesmo patamar sobre produtos norte-americanos e restrições à exportação de terras raras.
O Ibovespa também sofreu impacto, recuando mais de 3% e acompanhando o clima negativo nos mercados globais. A tensão cresceu após os EUA elevarem a taxação de produtos chineses para um total de 54%, somando tarifas anteriores. O receio é que outras nações entrem na disputa, gerando uma guerra comercial de grande escala.
TEMORES DE INFLAÇÃO E RECESSÃO
Esse cenário elevou os temores de inflação e recessão nos EUA, devido ao encarecimento de produtos e queda no consumo. A cautela dos investidores fez o dólar se valorizar como ativo de segurança, enquanto bolsas internacionais registram fortes perdas.
Dólar
Às 15h05, o dólar subia 3,50%, cotado a R$ 5,8253. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8422.
No dia anterior, a moeda americana teve queda de 1,23%, cotada a R$ 5,6285. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,5930.
Com o resultado, acumulou:
- queda de 2,28% na semana;
- recuo de 1,35% no mês; e
- perda de 8,92% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 2,91%, aos 127.319 pontos. Na mínima, foi a 126.466 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 0,04%, aos 131.141 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
- queda de 0,58% na semana;
- avanço de 0,67% no mês; e
- ganho de 9,03% no ano.