O dólar encerrou esta segunda-feira (10) em alta de 1,06%, cotado a R$ 5,8515, em meio a preocupações globais sobre uma possível recessão nos Estados Unidos. O temor dos investidores foi intensificado após declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que não descartou impactos econômicos negativos e uma possível recessão decorrentes de suas políticas tarifárias.
Temor
Em entrevista à Fox News no domingo (9), Trump afirmou que "detesta" prever o futuro da economia, mas admitiu que um aumento de preços pode ocorrer durante a "transição" de sua estratégia comercial. O mercado teme que novas tarifas impostas pelos EUA resultem em pressões inflacionárias, levando o Federal Reserve (Fed) a elevar os juros e potencialmente desacelerar a economia do país.
Contexto brasileiro
No Brasil, os investidores aguardam a divulgação de dados econômicos relevantes, como a produção industrial, o desempenho do setor de serviços e os índices de inflação de fevereiro. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, apontou uma elevação na projeção de inflação para 2025, de 5,65% para 5,68%, distanciando-se ainda mais do teto da meta de 4,5%.
Ações
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou o dia em queda de 0,41%, aos 124.519 pontos. Na semana, o índice acumulou recuo de 0,41%, mas ainda registra alta de 1,40% no mês e de 3,52% no ano.
Câmbio
O mercado de câmbio também refletiu o cenário de incerteza internacional. Apesar da valorização do dólar nesta sessão, a moeda ainda acumula queda de 1,09% no mês e desvalorização de 5,31% no ano. Na última sexta-feira (7), a divisa já havia subido 0,57%, fechando a R$ 5,7901.