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Greve da Petrobras se expande e alcança 28 plataformas e 9 refinarias

Paralisação por tempo indeterminado mira acordo coletivo; Petrobras nega impacto na produção

Placa da Petrobras | Foto: Reprodução/Redes sociais
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A greve nacional dos trabalhadores da Petrobras entrou no terceiro dia e passou a alcançar um número maior de unidades estratégicas da companhia, com potencial impacto sobre a cadeia de óleo, gás e energia no país. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação já atinge 28 plataformas de petróleo na Bacia de Campos, com adesão integral dos trabalhadores nessas unidades.

O movimento paredista também se estende a nove refinarias, 13 unidades da Transpetro, quatro termelétricas e duas usinas de biodiesel. De acordo com a FUP, a greve alcançou ainda campos de produção terrestre na Bahia, a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB), a Estação de Compressão de Paulínia, operada pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), além da sede administrativa da estatal em Natal, no Rio Grande do Norte.

A paralisação ocorre por tempo indeterminado e está relacionada à falta de avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Entre as principais reivindicações da categoria estão o fim dos equacionamentos dos déficits do fundo de pensão Petros e a recomposição de direitos considerados históricos pelos trabalhadores.

Na avaliação da FUP, a ampliação do movimento reflete a mobilização da categoria em defesa da valorização profissional e do fortalecimento da Petrobras como empresa pública. Na segunda-feira, o movimento alcançava 16 plataformas localizadas no litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além de seis refinarias. No dia seguinte, o número subiu para 24 plataformas e oito refinarias, além de outras unidades operacionais.

Apesar da expansão da greve, a Petrobras informou que não há impacto na produção de petróleo, derivados ou no abastecimento do mercado. Em nota, a estatal afirmou que colocou em prática planos de contingência para garantir a continuidade das operações, com a transferência das atividades para equipes designadas especificamente para esse fim, tanto em refinarias quanto em plataformas.

A companhia destacou ainda que o processo de negociação do acordo coletivo está em andamento desde o final de agosto e que a proposta mais recente foi apresentada na última terça-feira. “A Petrobras respeita o direito de manifestação dos empregados e permanece aberta ao diálogo com as entidades sindicais”, informou a estatal.

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