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Ibovespa bate recorde de 139 mil pontos após ata do Copom e trégua do tarifaço; dólar cai

A publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) influenciou diretamente o comportamento dos investidores.

Ibovespa bate recorde de 139 mil pontos após trégua do tarifaço; dólar cai | Foto: Reprodução
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), ultrapassou pela primeira vez os 139 mil pontos nesta terça-feira (13), encerrando o pregão com alta, impulsionado por fatores internos e externos que trouxeram otimismo ao mercado.

Fatores internos: Ata do Copom e juros no Brasil

A publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) influenciou diretamente o comportamento dos investidores. No documento, o comitê reiterou que o ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75% ao ano — o maior nível em quase 20 anos — já vem moderando o crescimento econômico e deve continuar contribuindo para o controle da inflação.

A autoridade monetária também destacou que o ambiente de expectativas desancoradas (quando as projeções de inflação estão acima da meta) exige uma manutenção de juros altos por um período mais prolongado. O Copom reafirmou seu compromisso de manter uma política monetária firme, com "calibragem" ajustada para atingir a meta inflacionária.

📌 Entenda: Juros altos tornam o crédito mais caro, o que reduz o consumo. Menor demanda tende a conter a inflação, ao equilibrar a relação entre oferta e procura.

Fatores externos: Trégua comercial entre EUA e China

No cenário internacional, os mercados reagiram positivamente ao acordo comercial entre Estados Unidos e China, que prevê uma redução temporária nas tarifas de importação por 90 dias.

  • Tarifas dos EUA sobre produtos chineses: de 145% para 30%
  • Tarifas da China sobre produtos americanos: de 125% para 10%

A trégua, vista como sinal de distensão nas relações entre as duas maiores economias do mundo, reduziu o temor de novos choques nos preços globais e animou os investidores com a possibilidade de um ambiente comercial mais estável.

Além disso, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos abaixo das expectativas reforçou a aposta de que o ciclo de aperto monetário no país possa estar se encerrando, o que aumenta o apetite por ativos de risco, como os de mercados emergentes.

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