A bolsa de valores brasileira encerrou esta quarta-feira (3) com novo recorde histórico, aproximando-se dos 162 mil pontos. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,41% e fechou o pregão em 161.755 pontos, permanecendo em alta ao longo de toda a sessão. O indicador atingiu o melhor nível do dia às 10h37, quando marcou 161.963 pontos.
A valorização foi impulsionada principalmente por empresas ligadas a commodities e ao setor de consumo. Entre os destaques esteve a Vale, que avançou 3,37% e ajudou a sustentar o desempenho do índice. O volume financeiro movimentou cerca de R$ 22,7 bilhões antes dos ajustes finais. Bancos tiveram desempenho negativo no pregão.
No mercado de câmbio, o dólar caiu pela terceira sessão seguida e encerrou o dia vendido a R$ 5,313, baixa de 0,31%. A moeda norte-americana chegou ao patamar de R$ 5,30 no início da tarde, permanecendo em queda durante toda a negociação. O dólar acumula desvalorização de 0,41% em dezembro e de 14% no ano.
A retração foi influenciada pelo cenário externo. A divulgação de que o setor privado dos Estados Unidos eliminou 32 mil vagas em novembro reforçou expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de dezembro. A possibilidade de taxas menores em economias desenvolvidas tende a favorecer a migração de capitais para países emergentes, como o Brasil.
Nos contratos futuros, o dólar para janeiro — vencimento mais negociado — caiu 0,34% e era cotado a R$ 5,3445 às 17h02. A moeda manteve trajetória de baixa frente ao real, acompanhando o recuo global diante das apostas sobre decisões do banco central norte-americano.
O movimento é também sustentado pela expectativa sobre o sucessor de Jerome Powell no comando do Fed, a ser indicado pelo presidente Donald Trump. A possibilidade de que o substituto tenha perfil mais brando na política monetária contribuiu para o ambiente de queda da moeda norte-americana no exterior.