Mercado prevê mais inflação e menos juros em 2012 no Brasil

Segundo o relatório, a estimativa de inflação deste ano permaneceu estável em 6,52%.

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Os economistas do mercado financeiro voltaram a subir, na semana passada, a sua a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012, ao mesmo tempo em que também baixaram sua previsão para a taxa de juros no fim do ano que vem, segundo informou nesta segunda-feira (3) o Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus - documento que é fruto de pesquisa do BC com os economistas dos bancos.

Segundo o relatório, a estimativa de inflação deste ano permaneceu estável em 6,52%. A previsão para o IPCA de 2012, por sua vez, subiu de 5,52% para 5,53%. Na última semana, o BC informou, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, que prevê um IPCA de 6,4% para este ano, com 45% de chance de "estourar" o teto de 6,50% do sistema de metas, e de cerca de 5% para o próximo ano.

Sistema de metas de inflação

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.

Juros

Os analistas do mercado financeiro mantiveram a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) voltará a baixar os juros em 0,5 ponto percentual em seu encontro de outubro, para 11,50% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12% ao ano. Também mantiveram a estimativa de que os juros voltarão a recuar em dezembro deste ano, quando atingiriam 11% ao ano. Para o fim de 2012, a previsão do mercado recuou de 10,75% para 10,50% ao ano, o que pressupõe novos cortes no decorrer do próximo ano.

Crescimento econômico e câmbio

O mercado financeiro manteve, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 estável em 3,51%. Apesar da estabilidade na semana passada, os ajustes para baixo na previsão do PIB começaram a acontecer após a piora da crise financeira internacional, com a revisão para baixo da nota dos Estados Unidos pela Standard & Poors. Para 2012, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 3,70%.

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2011 subiu de R$ 1,68 para R$ 1,73 por dólar. Para o fechamento de 2012, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio avançou de R$ 1,68 para R$ 1,70 por dólar.

Balança comercial

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2011 permaneceu inalterada em US$ 25 bilhões na semana passada. Para 2012, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial avançou de US$ 16,4 bilhões para US$ 16,55 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2011 ficou estável em US$ 55 bilhões. Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil permaneceu intalterada US$ 50 bilhões.



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