Piauí busca confeccionar atlas da energia eólica e solar

Sinergia Piauí vai ocorrer nos dias 5 e 6 de setembro.

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Energia solar | Divlgação ANEEL

Marcado para os dias 5 e 6 de setembro, o Sinergia Piauí Energias Renováveis foi lançado nesta quarta-feira, 8, em evento realizado na Federação das Indústrias do Piauí (FIEPI), que reuniu empresários, investidores e estudantes da Universidade Federal do Piauí.

Organizado pela Associação Piauiense das Empresas de Energia Solar (Apisolar) presidida por Jean Cantalice, o Sinergia Piauí tem como proposta conectar profissionais dos mais diversos setores, possibilitando a troca de informações, ideias e experiências voltadas à produção de energia renovável.

Governo trabalha a elaboração de atlas das energias solar e eólica do Piauí (Divulgação ANEEL)

No lançamento, o secretário de Mineração e Energias Renováveis do Governo do Estado, Fernando Eduardo Sousa de LIma, falou sobre a importância do Sinergia Piauí e declarou que a energia solar é infinita e deve ser usufruída por toda a população. 

"Desde quando cheguei à Secretaria, temos lutado bastante para elaboração de um atlas solar e eólico do Piauí por entender a necessidade de expandir a energia renovável", disse, enfatizando que com esse atlas será possível chegar a investidores e mostrar o potencial do Piauí e se colocou à disposição para apoiar a realização do Sinergia Piauí em setembro.

Empresas 

Durante o lançamento do evento, a Apisolar trouxe representantes de empresas nacionais como Hugo Albuquerque, da Sol Copernico e do Banco Safra, que manifestou o interesse em investir no Piauí, um estado que tem no agronegócio fator preponderante na balança comercial e que demanda muita energia e que a meta é investir no financiamento de projetos de energias limpas.

Em sua fala sobre o papel da indústria numa nova economia de carbono zero, Hugo Albuquerque mostrou o compromisso de empresas multinacionais com a meta de carbono zero.

Investimento em energia limpa

"Hoje há US$ 121 trilhões no mundo para ser investidos em empresas que comprovadamente apresentem e demonstrem as práticas de Environmental, Social and Governance (ESG). Para quem exporta, a agroindústria, a Europa vai sobretaxar insumos do Brasil que não têm pegada zero de carbono. Nosso país é reconhecido fora pelo desmatamento e precisamos demonstrar para Europa, que mesmo desmatando, compensamos esse desmatamento e se isso não acontecer passaremos de primeiro produtor e primeiro exportador para 15º e o que move o PIB do Brasil com 21% é a agroindústria", explicou.

Com a assinatura do Acordo de Paris, 100 empresas do mundo firmaram compromisso de até 2030 só consumir energia limpa. A realidade é que já são 350 empresas do mundo, como a Unilever, Visa, Apple, Nike, Philips, dentre outras, que têm meta de carbono zero até 2040. "Quem fornece para essas empresas têm que ter essa meta de carbono zero", disse.

UFPI

No evento de lançamento, o doutor Albemerc Moura de Moraes, da Universidade Federal do Piauí, destacou alguns dos projetos realizados pela instituição, como o Sol para Todos, Sol e Água no Sertão e destacou a importância e o impacto social da implantação de energia solar em comunidades de agricultura familiar e falou ainda sobre a criação do Selo Social Solar.

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