Outra agenda programada pelo Banco Central para 2022 envolve o open banking, sistema lançado em 1º de fevereiro deste ano, que permite maior troca de informações dos dados de consumidores entre as instituições financeiras. Ao longo dos dez primeiros meses de funcionamento, a implementação do open banking foi baseada no compartilhamento de dados e não nas transações financeiras em si.
Nas fases 1 e 2 do open banking, por exemplo, as empresas que atuam no sistema financeiro puderam acessar dados cadastrais (nome, endereço, CPF, etc) e transacionais (saldo de conta, crédito, pagamento) de clientes que tenham autorizado o compartilhamento dessas informações. Só no fim de outubro, na fase 3, é que o acesso a esses dados passou a poder ser usado para a oferta de serviços, começando por pagamentos usando o Pix.
Nessa etapa, uma empresa iniciadora de pagamentos que atende uma loja de comércio eletrônico, por exemplo, que vai receber o pagamento de um cliente, pode conectar todas as contas desse cliente a instituições financeiras ou cartões que ele queira usar, mesmo que essas contas não estejam catalogados na loja que está vendendo o produto.
Por enquanto, isso vale apenas para o Pix. Mas a partir de 15 de fevereiro do ano que vem, essa mesma funcionalidade passa a valer para TED, depois para boletos (30 de junho) e, finalmente, para débitos em conta (30 de setembro). Para exemplificar, imagine uma compra na Internet. Na hora de pagar, se a pessoa quiser fazer um TED, terá que entrar no aplicativo do banco, saindo da página da loja, fazer o pagamento, e então voltar ao ambiente da compra.
No open banking, isso poderá ser feito por um único aplicativo, por exemplo, que vai conecta todas as contas desse cliente, mesmo que o lojista não tenha acordo comercial com as financeiras ou bancos do cliente.