Planos de Saúde registram lucro de R$ 3 bilhões em 2023, diz ANS

Os dados fornecidos pelas operadoras revelam um lucro líquido de R$ 3 bilhões no acumulado do ano

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Operadoras de planos de saúde tiveram lucro de R$ 3 bi | André Borges
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, nesta quinta (18), os resultados financeiros referentes ao último trimestre de 2023, destacando um desempenho positivo no setor de planos de saúde após o período de pandemia. Os dados fornecidos pelas operadoras revelam um lucro líquido de R$ 3 bilhões no acumulado do ano, equivalente a cerca de 1% da receita total, que ultrapassou R$ 319 bilhões no mesmo período. Esses números refletem uma margem de lucro de aproximadamente R$ 1 para cada R$ 100 de receita.

O que aconteceu: O desempenho é considerado o mais favorável desde o início da pandemia. Todas as áreas do setor apresentaram resultados positivos: as administradoras de benefícios registraram um lucro de R$ 406,4 milhões; as operadoras exclusivamente odontológicas, R$ 652,8 milhões; e as médico-hospitalares, R$ 1,93 bilhão.

Números: Embora as operadoras médico-hospitalares, segmento principal do setor, tenham acumulado um resultado operacional negativo de R$ 5,9 bilhões ao longo do ano, o último trimestre registrou o melhor desempenho desde 2021. Esse prejuízo operacional foi compensado pelo resultado financeiro recorde de R$ 11,2 bilhões, impulsionado principalmente pela remuneração das aplicações financeiras, que atingiram quase R$ 111 bilhões ao final do período.

Avaliação: Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação da ANS, comentou que os resultados superaram as projeções para o setor. Em contraste com o prejuízo de R$ 530 milhões registrado em 2022 no segmento médico-hospitalar, 2023 trouxe um lucro de R$ 1,9 bilhão. No entanto, destacou que ajustes contábeis significativos em operadoras maiores impactaram os resultados gerais, ressaltando a necessidade de uma revisão do modelo de gestão e atendimento para garantir a entrega de melhores serviços com eficiência nos recursos disponíveis.

Sinistralidade: A sinistralidade em 2023 foi de 87,0%, 2,2 pontos percentuais abaixo do ano anterior, indicando que cerca de 87% das receitas provenientes das mensalidades foram utilizadas com despesas assistenciais. Embora ainda superior aos anos pré-pandemia, esse resultado é o melhor dos últimos três anos, influenciado principalmente pela recomposição das mensalidades dos planos, especialmente das grandes operadoras, em comparação com a variação das despesas. (Com informações da Agência Brasil)



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