Risco “relevante” de inflação levou à alta nos juros, diz Copom

Banco Central subiu os juros básicos da economia brasileira, pela segunda vez no ano, para 12,25%

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Risco "relevante" de inflação levou à alta nos juros, diz Copom | Divulgação
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Preocupado com o aquecimento da economia e seus impactos na infla??o, o Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) do Banco Central subiu os juros b?sicos da economia brasileira, pela segunda vez no ano, de 11,75% para 12,25% ao ano na ?ltima semana, segundo ata da reuni?o, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Banco Central.

"O Copom avalia que, diante dos sinais de aquecimento da economia, como ilustram a acelera??o de certos pre?os no atacado e a trajet?ria dos n?cleos de infla??o, e da r?pida eleva??o das expectativas de infla??o, s?o relevantes os riscos para a concretiza??o de um cen?rio inflacion?rio benigno, no qual o IPCA seguiria evoluindo de forma consistente com a trajet?ria das metas", informa o BC, na ata do Copom.

Mais adiante, avalia ainda que h? um "descompasso importante entre o ritmo de expans?o da demanda [procura] e da oferta agregadas [o que] tende a exacerbar o risco para a din?mica inflacion?ria". "Nessas circunst?ncias, a pol?tica monet?ria deve atuar, por meio do ajuste da taxa b?sica de juros, para, por um lado, contribuir para a converg?ncia entre o ritmo de expans?o da demanda e oferta e, por outro, evitar que press?es originalmente isoladas sobre os ?ndices de pre?os levem ? deteriora??o persistente das expectativas e do cen?rio prospectivo para a infla??o", diz o BC na ata do Copom.

Crescimento Econ?mico

A reuni?o do Copom, por?m, aconteceu antes da divulga??o do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, ocorrida somente nesta semana. Embora tenha crescido 5,8% frente aos tr?s primeiros meses de 2007, o aumento do PIB mostrou desacelera??o contra o final do ano passado. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, isso seria "desej?vel" e mostraria que o ritmo de expans?o da oferta estaria compat?vel com a demanda (procura) pelos mesmos.

Por meio da ata divulgada nesta quinta, o Copom informa que, ao subir os juros, est? "contribuindo para a sustenta??o do crescimento, o que requer estabilidade, previsibilidade e a conseq?ente extens?o do horizonte de planejamento das empresas e fam?lias, bem como para resguardar os importantes incrementos na renda real dos assalariados observados nos ?ltimos anos". Avalia ainda que os resultados das subidas de juros s?o "evidenciados ao longo do tempo".

Enquanto for Necess?rio

O Copom disse ainda acreditar que a atual postura de "pol?tica monet?ria" [subida dos juros], a ser mantida "enquanto for necess?rio", ir? assegurar a converg?ncia da infla??o para a trajet?ria das metas.

"Evidentemente, na eventualidade de se verificar altera??o no perfil de riscos que implique modifica??o do cen?rio prospectivo b?sico tra?ado para a infla??o pelo Comit? neste momento, a estrat?gia de pol?tica monet?ria ser? prontamente adequada ?s circunst?ncias", informou o BC na ata.

A expectativa do mercado financeiro ?, justamente, de novas eleva?es na taxa de juros no decorrer deste ano. Segundo pesquisa feita pelo BC na ?ltima semana, o mercado acredita que que os juros ser?o elevados para 12,75% ao ano em julho pr?ximo. Em setembro, ainda segundo proje??o dos analistas, a taxa subiria para 13,25% ao ano e, em outubro, para 13,75% ao ano. Em dezembro, passariam para 14% ao ano - patamar no qual fechariam o ano de 2008.

Juros

O aumento da taxa b?sica, que passou de 11,75% para 12,25% ao ano no in?cio deste m?s, aconteceu conforme previa a maior parte do mercado financeiro. A preocupa??o do BC ? com o crescimento da infla??o, que ? resultado da eleva??o dos pre?os das "commodities" (produtos b?sicos com cota??o internacional, como alimentos, a?o e petr?leo) e do aumento da procura por produtos e servi?os.

No Brasil, vigora o sistema de metas de infla??o. Para este ano, e para 2009, a meta central de infla??o ? de 4,5%, com base no IPCA. H? um intervalo de toler?ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de modo que, teoricamente, a infla??o poderia ficar entre 2,5% e 6,5%. Para conter aument



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