Termina neste domingo (31) o prazo de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para produtos da linha branca.
O fim do benefício deve causar uma queda de até 15% nas vendas, segundo Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). O reajuste nos preços, no entanto, deve ocorrer somente em março, segundo informações antecipadas pelo R7.
- Veio em momento inoportuno e pode causar um impacto extremamente negativo, com queda em torno de 10% a 15% nas vendas desse segmento no primeiro trimestre [de 2009].
O governo descartou na semana passada uma nova prorrogação de isenção do imposto, criada em abril do ano passado. Apesar disso, a CNDL informou ter enviado um documento ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) solicitando que seja mantida a redução do IPI por mais 60 dias.
Pellizzaro afirma que janeiro é o pior período para a retirada dos incentivos para a linha branca.
- A medida é desnecessária no momento. O setor tradicionalmente não está aquecido nos três primeiros meses do ano e os estoques estão altos. As vendas começam a reagir a partir de março. O consumidor, agora, está voltando de férias e preocupado em pagar os gastos de fim de ano e as contas de material escolar, impostos e taxas.
As principais redes varejistas informaram que os preços antigos dos produtos, ainda com o desconto do IPI, vão continuar enquanto durarem os estoques. No entanto, não há previsão de liquidações nos próximos dias.
A última prorrogação de isenção do imposto ocorreu em 29 de outubro de 2009, quando o Ministério da Fazenda informou que manteria o incentivo aos eletrodomésticos da linha verde, que consomem menos energia. Na ocasião, os outros modelos voltaram a ter a taxação normal em 1º de novembro.