As bolsas de valores dos Estados Unidos iniciaram a semana em queda, com destaque para o forte recuo das ações da Tesla. A montadora de Elon Musk viu seus papéis despencarem mais de 15% no pregão desta segunda-feira (10), apagando toda a valorização acumulada desde a eleição do presidente Donald Trump, no ano passado.
Queda
O valor de mercado da Tesla, que atingiu US$ 1,5 trilhão em dezembro de 2024, já caiu 52,4% nos últimos três meses. Com a nova baixa, a empresa encerrou o pregão valendo US$ 714,6 bilhões, registrando a maior desvalorização entre as principais fabricantes de automóveis, segundo agência internacional.
Causas
Parte da incerteza dos investidores decorre do envolvimento político de Elon Musk. O bilionário tem atuado como assessor sênior do governo dos EUA e promovido demissões em massa em órgãos federais, o que gera preocupações de que sua atenção esteja dividida, prejudicando o desempenho da Tesla.
Desconfiança
Além disso, a empresa enfrenta desconfiança sobre a viabilidade de seus robotáxis. Embora Musk tenha prometido veículos totalmente autônomos há quase uma década, os produtos ainda não chegaram ao mercado. Em outubro de 2024, a Tesla apresentou um protótipo chamado Cybercab, mas sem uma data concreta de lançamento.
Mais empresas
A Tesla não foi a única gigante da tecnologia a sofrer perdas. O setor como um todo teve um dos piores desempenhos do dia, com o índice S&P 500 registrando queda de 4,4% no segmento. Analistas apontam que o fortalecimento do iene japonês e o aumento nos rendimentos dos títulos soberanos influenciaram no movimento.
Motivação
O recuo das ações tecnológicas também foi impulsionado pela redução das operações de carry trade envolvendo a moeda japonesa. Esse movimento reflete expectativas de alta nos juros do Japão, tornando investimentos no país mais atrativos e reduzindo o apetite por ativos de risco como os de tecnologia nos Estados Unidos.