Em 4 anos, Águas de Timon investiu R$ 77 milhões em abastecimento

Concessionária d’água do município assumiu o desafio de operar as águas e esgotos de Timon no dia 29 de abril de 2015.

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Timon, a cidade maranhense vizinha a Teresina, possui algumas afinidades com o lado de cá do Parnaíba. Com um histórico de perdas d’água que chegavam a até 77%, o número reduziu para 53% com a chegada da Águas de Timon, empresa que ficou responsável pelo tratamento de esgoto e o abastecimento hídrico da região. Nestes quatro anos, os timonenses têm motivos para comemorar.

A exemplo de Francinaldo César, de 46 anos. Com a regularização do abastecimento d’água na Vila São Francisco II, ele pôde investir no próprio negócio, trabalhando com lavagem de carros. “Antes não tinha água de jeito nenhum. Quando cheguei, eu limpei os trilhos, aqui era um verdadeiro lixão, e pude começar a lavar carros. Hoje trabalho com isso”, conta.

Crédito: Raíssa Morais

Ou para Diomara da Silva, que conta que o abastecimento d’água era um sonho distante que chegou com a Águas de Timon. “A gente tinha que buscar água do outro lado da rua, através de uma ligação clandestina. A água faltava muito. Na verdade, nem tinha. Agora a conta ficou cara, mas tem água na torneira”, reconhece a dona de casa, também moradora da Vila São Francisco II.

A empresa assumiu o desafio de operar as águas e esgotos de Timon no dia 29 de abril de 2015. Somente em abastecimento d’água já foram investidos R$ 77 milhões. Além disso, em menos de meia década, o prognóstico é de avanços futuros, onde até 2020 o esgotamento sanitário da cidade vai saltar dos atuais 1%, compreendendo apenas o Residencial Miguel Arrais, para até 45% de cobertura. Esta é uma meta trabalhosa que leva tempo e exige muito da mão de obra de operários e engenheiros da empresa.

Crédito: Raíssa Morais

Imóveis mais valorizados

De um histórico de desperdício e esgoto sem nenhum tratamento, a um futuro de novas esperanças para o saneamento básico da região, a cidade de Timon ganha em diversos aspectos com a melhoria da coleta de esgoto e disponibilização de recursos hídricos. O IDH aumenta e os investidores passam a enxergar melhor a localidade. A expectativa é que os imóveis tenham uma valorização em até 30% com a regularização do abastecimento.

Felipe Arraes, por exemplo, é um empreendedor do ramo da construção civil. Ele constrói casas isoladas, e Timon tem sido um campo aberto para investimentos. "Uma cidade que tem saneamento básico e água encanada certamente é um campo ainda melhor para empreender. Os imóveis são comercializados com mais segurança desta forma", explica o empreendedor.

 Mais abastecimento e mais esgoto tratado

De acordo com Tadeu Bezerra, coordenador de operações da Águas de Timon, o foco principal durante estes primeiros quatro anos tem sido a regularização do abastecimento d’água e a diminuição das perdas. A ideia é que em 10 anos o índice, atuais 53%, diminua para até 32%. “Para isso, vamos investir em diversas melhorias no sistema de abastecimento. Vamos fazer uso do que há de mais moderno no segmento de saneamento básico”, aponta.

Tadeu Bezerra, coordenador de operações da Águas de Timon | Crédito: Raíssa Morais

Timon “acordou” para o saneamento básico com a chegada da empresa. “Durante estes quatro anos, corremos atrás de um abastecimento adequado, regular e de qualidade, coisa que não tinha. Fizemos muitas extensões de rede, somente para abastecimento. Isso foi o Timon Saneada I. Neste primeiro investimento, o maior aporte foi a Estação de Tratamento d’Água (ETA), a ETA Parnaíba, que produz 180 mil litros d’água por segundo. Fica na região da Vila do Bec. Além disso, há os poços com bombeamentos trocados. Tudo voltado para otimizar o abastecimento. Atualmente nós trabalhamos com duas vertentes de captação. A superficial, feita pelo rio Parnaíba, e a subterrânea, por poços tubulares profundos. Timon tem 50% de água da ETA e 50% de poços”, acrescenta o coordenador. 

O maior desperdício vinha da ausência de contabilização de consumo. “Outra questão importante é que Timon não tinha hidrômetro. As pessoas gastavam desnecessariamente. É preciso de um consumo consciente para que as pessoas paguem o que estão consumindo, o que é justo. Isso evita o desperdício”, ressalta Bezerra.

O esgotamento sanitário de Timon, no entanto, é o maior desafio. Chega a apenas 1% da população. “Na verdade, apenas um bairro novo, o Residencial Miguel Arraes, que teve como exigência a questão do esgotamento sanitário para ser construído. É um longo caminho, mas até 2020 está previsto até 45% de cobertura. Nesse atendimento vamos construir estação elevatória de esgoto, estação de tratamento. O esgotamento sanitário vem de trás para frente, ao contrário do abastecimento d’água. O volume de esgoto tratado em Timon é de 9 litros por segundo, pois atende apenas um bairro. Ela retorna a riachos da região, dentro dos padrões do CONAMA”, finaliza Tadeu Bezerra. (L.A.)

Avanços são acompanhados de perto

Há 4 anos, Timon vive a realidade de ter a operacionalização do abastecimento de água sendo executada    através da concessão à Empresa Águas de Timon. O prefeito de Timon, Luciano Leitoa, explica o processo de melhorias com relação ao abastecimento de água. “Com os recursos que tínhamos, não poderíamos fazer muito para melhorar o abastecimento de água e o saneamento básico de Timon, então tivemos que tomar essa decisão de conceder à Águas de Timon a responsabilidade de investir e mudar a vida das pessoas. Quando fui conhecer experiências na área em Campo Grande, pude, através da AEGEA, iniciar essa mudança aqui em Timon. No início, foi difícil, as pessoas não compreendiam muito, mas hoje, com os investimentos, vemos que no período do B-R-O-BRÓ temos água, e de qualidade, principalmente depois da chegada da Estação de Tratamento de Água”, explica.

O prefeito reconhece que ainda há muito a ser feito. “Ainda existem muitos pontos para serem melhorados, avanços a serem conquistados na cidade, mas em breve teremos uma Timon totalmente saneada, com esgoto tratado”, considerou. 

Para garantir a efetividade dos serviços executados e atender a população com demandas apresentadas sobre a Águas de Timon, o município fiscaliza através da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Município de Timon - Agert. 

O papel principal da AGERT é fazer a regulação e fiscalização dos serviços prestados pela concessionária Águas de Timon, fazendo o acompanhamento, controle e normatização, garantindo assim que a água chegue às residências dos timonenses com qualidade e em quantidade suficiente. Cabe também à AGERT garantir que a concessionária cumpra suas metas contratuais, realize os investimentos sempre de forma a beneficiar os usuários e também o meio ambiente.



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