A enfermeira que não quis se identificar e que foi agredida durante uma confusão no Pronto Socorro da zona Noroeste, em Santos, no litoral de São Paulo, disse que está desenvolvendo um quadro de depressão após o fato. Ela relatou que espera que as pessoas responsáveis pela agressão sejam presas.
A mulher e outra técnica do pronto-socorro foram agredidas por duas filhas de um paciente internado no hospital no último dia 10 de agosto. Já na última terça-feira (24), a Prefeitura de Santos divulgou imagens de câmeras de segurança que mostram parte da confusão.
A enfermeira relatou que está abalada. “Chutaram meu peito e fizeram barbaridades comigo. Fiquei quase nua, o vídeo só mostra uma parte. Alegaram que não filmaram o restante das agressões, queria que me dessem o resto do vídeo”, disse.
Em choque por conta da repercussão do caso, a enfermeira diz que está ‘presa’ em casa e que, em todos os anos de profissão, nunca tinha passado por algo do tipo. “Já exerci chefia durante anos e zelava pelos funcionários e pacientes. Sem a enfermagem, a saúde padece, deixa de existir”, desabafa.
Tanto ela quanto a técnica de gesso, após as agressões, foram à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foi registrado um boletim de ocorrência. As agressoras também estiveram na unidade e, segundo ela, também demonstraram comportamento agressivo, sendo que com elas, nada aconteceu.
“Primeiro que os policiais não se preocuparam de as levarem na viatura, mas queriam que eu entrasse. Não as prenderam em flagrante e, lá na delegacia, além de uma delas bater e quase jogar um PM no chão, acabei sendo exposta. Todos riam como se fossem grandes amigos. Virei chacota”, desabafa.
A profissional ainda não sabe quando voltará a trabalhar. “Mal saio da cama. Conversei com meu advogado por telefone e, no momento, só psicoterapia e o apoio dele podem me ajudar. Eu estou muito mal”, finaliza.