Equipe recolhe mais destroços do 447 no Oceano Atlântico

Segundo os comandos, as condições meteorológicas desta quinta-feira não comprometeram as buscas

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Os comandos da Marinha e da Aeronáutica informaram no início da noite desta quinta-feira que recolheram novos destroços do voo AF 447. No entanto, não foram avistados novos corpos de vítimas do acidente com a aeronave da Air France. Segundo os comandos, essa é a maior operação já realizada pelas duas corporações.

De acordo com o tenente-coronel Henry Munhoz, da Aeronáutica, em 14 dias de buscas os aviões da corporação voaram cerca de mil horas. Na operação de salvamento das vítimas das enchentes em Santa Catarina, em novembro e dezembro de 2008, que era considerada a maior operação da corporação até então, as aeronaves realizaram 460 horas de voo em cerca de um mês. "Nunca a Força Aérea havia realizado operação tão importante. Não encontramos os 228 corpos, mas nossa logística esta preparada para isso. Pensamos nisso constantemente. Estamos enfrentando as adversidades e procuraremos fazer o melhor possível", disse Munhoz.

Segundo os comandos, as condições meteorológicas desta quinta-feira não comprometeram as buscas. Desde ontem, um avião Fokker F-27 da Força Aérea Espanhola participa da operaçãi. Orientada pelo Centro de Coordenação de Buscas de Dacar, no Senegal, essa aeronave realiza missões de busca nas imediações da área de concentração dos destroços.

A corveta Caboclo, que transporta os destroços e bagagens encontrados até agora pela equipe de buscas, deve chegar amanhã ao porto do Recife. O material ficará à disposição do Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de I´Aviation Civile (BEA). O Navio de Desembarque-Doca Rio de Janeiro, que ontem recebeu dois helicópteros para auxiliarem nas buscas, deverá chegar à área no dia 20.

De acordo com estatísticas da Aeronáutica, o prazo em que há maior possibilidade de se encontrar corpos na água é de 20 dias. Nessa missão, esse tempo estimado terminaria no próximo dia 20. Depois disso, é provável que os corpos afundem. "O tempo razoável para encontrar um corpo na superfície é de 20 dias. As melhores condições para isso já passaram, mas continuamos encontrando cadáveres, como aconteceu no dia 16 e ontem", disse o tenente-coronel Munhoz.

O submarino-nuclear francês Ésmeraud continua na área de buscas à procura das caixas-pretas da aeronave. "Sobre a movimentação dele a gente tem conhecimento, porám não temos contato porque não é nosso objetivo a busca das caixas-pretas", disse o oficial. Amanhã acontece mais uma reunião para discutir questões logísticas da missão. Os militares responsáveis pelas buscas se encontrarão no Recife para definir os detalhes da operação. "Em resumo, os meios aéreos e navais continuam na área por tempo indeterminado", disse Munhoz.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).



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