Filha do senador José Serra (PSDB) é citada em delação da Odebrecht

Pedro Novis diz ter feito repasses ilegais para a filha de Serra

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Afastado da vida política desde que deixou o ministério das Relações Exteriores, para o qual fora nomeado por Michel Temer (MDB), o tucano José Serra vê fechar contra si o cerco de investigadores da Lava Jato.

Dessa vez, a Polícia Federal mira uma delação de Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht, que afirma ter feito repasses ilegais para a filha de José Serra , Vêronica Serra.

Documentos remetidos ao Brasil pro autoridades na Suíça dão conta de que ao menos 400 mil euros – aproximadamente R$ 1,8 milhão – foram transferidos por José Pinto Ramos, um dos operadores financeiros da Odebrecht, para uma conta que tem Verônica como beneficiária. Os repasses se deram entre 2006 e 2007.

De acordo com o delator, o dinheiro tinha como destino a campanha do tucano ao governo de São Paulo em 2006, e constituíam caixa 2. A Polícia Federal teve acesso, também, à e-mails da própria Verônica Serra autorizando as transações.

Procurado, o senador defendeu-se, por meio de sua assessoria de imprensa, dizendo que “rejeita a possibilidade de haver qualquer ilegalidade envolvendo o nome de sua filha”. Ele reafirmou, ainda, que “jamais recebeu nenhum tipo de vantagem indevida ao longo de sua extensa carreira política”.

Pedro Novis, que esteve à frente da Odebrecht entre 2002 e 2008, disse ainda que o senador Serra solicitou R$52,4 milhões à construtora. Os pedidos teriam sido feitos, e atendidos, entre 2002 e 2012, e se destinavam a Serra e seu partido, o PSDB.

O depoimento foi dado em junho de 2017. Outros 76 executivos da empresa também prestaram depoimento como parte do acordo de delação premiada.

O executivo contou que o dinheiro foi repassado por caixa 2, isto é, não consta nas declarações de doações de campanha tornadas obrigatórias pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Ainda, parte do dinheiro seria fruto de propina – relacionado, portanto, a algum negócio da construtora com o governo paulista. Os montantes teriam sido entregues por meio de contas no exterior e em dinheiro vivo, no Brasil.

Novis também detalhou como se deram os repasses ao longo do tempo e afirmou conhecer José Serra , candidato à presidência da República em 2002 e 2010, desde os anos 1980. Parte do dinheiro, inclusive, teria sido usado para custear a campanha do tucano ao Planalto.




Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES