Governo de SP vai usar ChatGPT para preparar material a ser usado em sala de aula

Antes, especialistas criavam esse material, mas agora os professores apenas avaliarão e ajustarão as aulas geradas pela IA.

Governo de SP vai usar ChatGPT para preparar material a ser usado em sala de aula | FOTO: Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Governo de São Paulo vai substituir a produção manual das aulas digitais nas escolas estaduais paulistas pelo uso do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial. Antes, especialistas criavam esse material, mas agora os professores apenas avaliarão e ajustarão as aulas geradas pela IA para garantir que atendam aos padrões pedagógicos.

ADMINISTRAR O TEMPO: O texto explica que a ferramenta de inteligência artificial vai gerar a "primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria", segundo apurou a Folha de São Paulo. Os professores depois serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.

Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que planeja testar o uso de inteligência artificial para produzir as aulas digitais do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio. Segundo a pasta, a ferramenta vai ser usada para melhorar o que foi elaborado anteriormente pelos professores. A decisão de usar a IA foi do próprio secretário Renato Feder.

IA NA PRÁTICA: Os professores tinham que entregar quatro aulas por semana, mas com a ferramenta agora devem entregar três aulas a cada dois dias úteis, totalizando pelo menos seis por semana. As aulas digitais começaram a ser produzidas e distribuídas no ano passado como parte da estratégia de Feder para melhorar a educação em São Paulo, refletindo sua abordagem anterior enquanto era secretário no Paraná.

Alunos  fazem atividade de redação em plataforma | FOTO: Sergio Barzaghi/EducaçãoSP

CONTROVÉRSIAS: O secretário de Educação defende que o material produzido sob sua orientação é mais adequado para orientar as aulas, já que prioriza os conteúdos cobrados em avaliações nacionais, como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). No ano passado, Feder chegou a decidir abrir mão dos livros didáticos impressos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Assim, as escolas teriam à disposição apenas os slides.

Depois de uma série de críticas sobre a inviabilidade, o governo Tarcísio anunciou um recuo parcial. Ele decidiu que São Paulo voltaria a aderir ao programa nacional para continuar recebendo os livros impressos, mas manteve a produção e envio de slides para serem usados nas aulas.

“Ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação”, disse, em nota, a Secretaria de Educação sobre o processo de fluxo editorial com o uso do ChatGPT.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES