Greve de acadêmicos e falta de material impede cirurgias do Hospital Infantil em THE

A cirurgia de uma criança foi cancelada quatro vezes e a cada tentativa

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Crianças são vistas com facilidade nos corredores do hospital à espera de cirurgia | Reprodução / Rede Meio Norte

Há 12 dias Aldesiane vive um drama: o filho Micael está com um braço quebrado e precisa urgentemente de uma cirurgia, mas o procedimento, apesar das marcações, não é realizado.

A cirurgia já foi cancelada quatro vezes e, a cada tentativa, o menino fica 12 horas em comer à espera da cirurgia. ?Eu estou desesperada porque a gente já foi notificada várias vezes para fazer a cirurgia e nada foi feito até agora. Ele vai para o centro cirúrgico, fica sem comer, e nada de acontecer essa cirurgia.?, afirmou a mãe ao mencionar que corre riscos no emprego para cuidar do filho.

Situação parecida vivem outras mães, nos corredores do Hospital Infantil, crianças permanecem no aguardo do procedimento, cena que se repete todos os dias. Os recursos estão acabando e, até o momento nenhuma operação e dona Rosilene, de São Francisco do Maranhão não sabe o que fazer. O seu filho sofre com um tendão no pé. ?A minha preocupação é que, depois que ele operar, ainda vamos passar algum tempo no hospital?.

Segundo as mães que estão na fila de espera, a não realização de operações no Hospital Infantil se deve a dois fatores: à greve dos acadêmicos auxiliares de Medicina por falta de pagamento e à falta de material hospitalar.

"Eu estou com minha menina há 19 dias aqui, ela chora dia e noite. O médico disse que sofria por ele e por nós também, até porque não há como ele fazer a cirurgia sozinho", disse uma mãe.

Para o diretor do Hospital Infantil Edinaldo Miranda, a ausência de acadêmicos não deve interferir no funcionamento do hospital. ?Elas têm razão em parte do que falam. Algumas cirurgias são suspensas e os alunos estão de greve, mas esse fato não atrapalha as atividades normais do hospital, que não pode funcionar em função de um aluno. Em relação à falta de material, isso acontece até em hospital particular. O hospital Infantil solicita o material depois que o paciente chega lá. Às vezes, esse procedimento demora por não sabermos que material será usado.

Ele explica o porquê da suspensão eventual de algumas cirurgias. ?Ainda ontem à tarde, uma criança que estava com câncer em estágio avançado, nós tivemos que priorizar o seu atendimento. Ela estava com fígado, estômago e intestinos comprometidos. Por isso, todas as outras que estavam em jejum à espera do atendimento, tiveram que esperar. Isso, eventualmente acontece!



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