Pelo menos 30 palestinos morreram neste domingo (25) em novos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Entre as vítimas estão um jornalista e um alto funcionário dos serviços de resgate.
De acordo com autoridades médicas palestinas, os bombardeios ocorreram em Khan Yunis (sul), Jabalia (norte) e Nuseirat (centro). Em Jabalia, o jornalista Hassan Majdi Abu Warda e vários membros de sua família morreram após um ataque atingir sua casa. Segundo o escritório de imprensa do governo local, Abu Warda é o 220º jornalista morto em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Já em Nuseirat, o chefe do serviço de emergência civil de Gaza, Ashraf Abu Nar, também foi morto junto com sua esposa em sua residência.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) não comentaram os ataques até o momento.
Conflito em escalada
Israel continua ampliando sua ofensiva contra o Hamas, mesmo diante de críticas internacionais sobre o impacto humanitário da guerra. Na sexta-feira (23), um ataque em Khan Yunis matou nove dos dez filhos de um casal de médicos locais, com idades entre 7 e 12 anos.
O governo de Gaza, também controlado pelo Hamas, afirmou que Israel já exerce controle sobre 77% do território, seja com tropas terrestres, zonas de evacuação ou áreas bombardeadas onde a população não consegue retornar.
Confrontos e ofensiva
Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica divulgaram comunicados neste domingo afirmando ter realizado emboscadas e ataques com explosivos e foguetes antitanque contra tropas israelenses.
As FDI, por sua vez, relataram na sexta-feira a realização de ataques contra 75 alvos, incluindo depósitos de armas e lançadores de foguetes.
Situação humanitária crítica
A guerra começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos em Israel e resultou no sequestro de 251 pessoas, levadas como reféns para Gaza.
Desde então, segundo autoridades de saúde locais, mais de 53.900 palestinos morreram na Faixa de Gaza. O território enfrenta colapso humanitário, com escassez de alimentos, água e assistência médica. Organizações humanitárias alertam para casos crescentes de desnutrição grave, especialmente entre crianças.