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Ataques de Israel matam 516 palestinos em busca por comida em Gaza

Número de palestinos mortos tentando receber alimentos aumenta. ONU denuncia uso da fome como arma e fala em possíveis crimes de guerra

Ao menos 49 pessoas morreram e 197 ficaram feridas somente neste último episódio. | Foto: Reprodução
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O número de palestinos mortos enquanto aguardavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza chegou a 516, segundo a Defesa Civil local. A cifra foi atualizada nesta terça-feira (24) após um novo ataque das Forças de Defesa de Israel, que atingiu pontos de distribuição de alimentos na região central de Gaza. Ao menos 49 pessoas morreram e 197 ficaram feridas somente neste último episódio.

Desde o fim de maio, a população enfrenta um sistema de distribuição controlado pela Gaza Humanitarian Foundation (GHF), que é apoiada por Israel e pelos Estados Unidos. A estrutura, no entanto, vem sendo denunciada como uma “armadilha mortal”.

As pessoas estão morrendo em Gaza simplesmente tentando conseguir comida. Tentar sobreviver se tornou uma sentença de morte, disse Jonathan Whittall, coordenador da Agência das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA).

Segundo Whittall, os locais de entrega de alimentos se transformaram em zonas de tiro, sob controle militar e sem garantias de segurança.

 410 mortes em menos de um mês

O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos confirmou que 410 civis morreram nas filas da GHF somente desde o dia 26 de maio, ou seja, em menos de um mês. Para o órgão, a prática pode configurar crime de guerra.

A ONU e outras organizações humanitárias se recusam a atuar em parceria com o modelo adotado por Israel, alegando que o processo viola os princípios de neutralidade e segurança.

Com informações do Metrópoles.

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