Nesta quinta-feira (24/07) as autoridades da Indonésia confirmaram a prisão de um brasileiro no aeroporto internacional da ilha de Bali, acusado de tráfico internacional de drogas. Segundo a Agência Nacional de Narcóticos do país asiático. O nome e a idade do suspeito não foram revelados. A prisão ocorreu no último dia 13 de julho, e o brasileiro poderá ser condenado à pena de morte após julgamento.
De acordo com o órgão antidrogas, o homem transportava dois sacos plásticos com entorpecentes, distribuídos entre a mochila e a mala, somando mais de três quilos de cocaína. Ao ser questionado, o detido teria afirmado que a entrega do material seria feita a um residente da ilha indonésia.
Uma mulher sul-africana foi detida no mesmo aeroporto, também portando drogas foi presa no mesmo dia. As autoridades afirmaram que ela escondia cocaína e metanfetamina nas roupas e teria vindo de Singapura. Até o momento, as investigações apontam que os dois casos não possuem conexão entre si. As informações foram divulgadas pela Rádio França Internacional (RFI).
ENTENDA
A Indonésia possui uma das legislações mais severas do mundo quando se trata de crimes relacionados ao tráfico de entorpecentes. A pena de morte é prevista nesses casos, inclusive para estrangeiros.
O histórico de execuções envolvendo brasileiros no país chama atenção. Em 2015, Rodrigo Muxfeldt Gularte, então com 42 anos, foi executado após 11 anos de prisão por ter sido flagrado com seis quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surfe. Ainda em 2015, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, também foi fuzilado. Ele havia sido detido em 2003 ao tentar entrar no território indonésio com 13,4 quilos da droga camuflados em tubos de uma asa delta.
Atualmente, outros dois brasileiros seguem presos na Indonésia por acusações semelhantes. Manuela Vitória de Araújo Farias, de 21 anos, foi detida em 2022 com 3,6 quilos de cocaína. Já Kauê Campos Valério, de 39 anos, foi preso em maio deste ano com 41 gramas de maconha.
De acordo com o Ministério da Imigração da Indonésia, mais de 90 estrangeiros aguardam julgamento no corredor da morte. As últimas execuções por tráfico no país aconteceram em 2016, envolvendo um cidadão indonésio e três nigerianos.