Chanceler turco diz no G20 que posicionamento de Lula sobre Gaza é 'admirável'

O governo turco tem sido crítico em relação a Israel ao longo do conflito no Oriente Médio, defendendo que o país seja processado por genocídio

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Hakan Fidan e Lula | Montagem/MeioNorte

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, elogiou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao conflito em Gaza durante a reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro. Fidan, participando da cúpula, descreveu a posição de Lula como "admirável" após a comparação feita pelo presidente das ações militares de Israel em Gaza com o Holocausto.

O governo turco tem sido crítico em relação a Israel ao longo do conflito no Oriente Médio, defendendo que o país seja processado por genocídio na Corte Internacional de Justiça. A Turquia, ao contrário de alguns aliados ocidentais e Estados do Golfo, não considera o Hamas uma organização terrorista.

Na reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, Fidan enfatizou a necessidade de interromper a "selvageria" em Gaza e discutir medidas concretas para um cessar-fogo urgente, juntamente com o aumento da ajuda humanitária para a região. A posição turca está alinhada com o apelo do Brasil por reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas para garantir maior inclusividade e representação no cenário global.

As tensões diplomáticas entre Brasil e Israel, desencadeadas pelos comentários do presidente Lula, continuam a se intensificar. Israel declarou Lula persona non grata e convocou o embaixador brasileiro para uma reprimenda. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, organizou uma reunião confrontacional no Museu do Holocausto Yad Vashem. Em resposta, o Brasil chamou seu embaixador de volta de Tel Aviv, intensificando ainda mais o impasse diplomático.

O intercâmbio de palavras duras entre os oficiais brasileiros e israelenses continua, com Katz exigindo um pedido de desculpas de Lula por seus comentários "promíscuos" e "delirantes", enquanto o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, rotulou os comentários de Katz como "inaceitáveis", "mentirosos" e "vergonhosos para a história diplomática de Israel". A situação permanece tensa, e a resolução da crise diplomática permanece incerta.

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