Charlie Hebdo desencadeia nova polêmica com charges de refugiados

Nas redes sociais, a maioria das reações foi bastante furiosa

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O jornal satírico francês Charlie Hebdo ficou no centro de uma polêmica nesta semana. A publicação divulgou charges que abordam a reação países europeus predominantemente cristãos à onda de imigrantes de zonas de guerra sobretudo muçulmanas, como Síria e Iraque.

Um dos desenhos é a representação da foto chocante de Aylan Kurdi, o menino sírio encontrado morto em uma praia da Turquia depois de uma tentativa fracassada de cruzar o Mar Mediterrâneo com a família para a Grécia. A foto despertou o mundo para a crise migratória.

A charge mostra uma criança de bermuda e camiseta, com o rosto afundado na areia, ao lado de um cartaz de propaganda divulgando promoção de duas refeições infantis pelo preço de uma. “Cheguei tão perto...”, diz o texto.

Outra charge, também de autoria de um dos desenhistas que sobreviveram ao atentado à redação da revista em Paris, traz a legenda: “Uma prova de que a Europa é cristã”.

Ela acompanha a imagem de uma figura semelhante a Jesus caminhando sobre a água enquanto uma figura menor de bermuda mergulha de cabeça. O primeiro diz: “Os cristãos caminham sobre a água”, e o segundo diz: “As crianças muçulmanas se afogam”.

O desenho despertou críticas da mídia internacional e também de veículos franceses, que classificaram a charge como "insensível" e "repugnante".

No entanto, algumas opiniões contrárias afirmam que a revista estava criticando a posição europeia em relação ao fluxo de refugiados para o continente, e não ironizando a morte de Aylan. Nas redes sociais, a maioria das reações foi bastante furiosa, mas houve também quem defendesse os cartunistas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES