O governo chinês se manifestou neste domingo, afirmando que a decisão dos Estados Unidos de isentar certos produtos eletrônicos das tarifas recíprocas é um “pequeno passo” para corrigir os erros cometidos por Washington. A China pediu que os EUA tomem mais ações para revogar completamente essas tarifas.
TARIFAS E EXCLUSÕES
Na última sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos de consumo seriam excluídos do aumento das tarifas de importação. Essa medida reduziu o impacto das tarifas de 125% sobre os produtos da China, além de uma base de 10% sobre as importações de outros países.
REIVINDICAÇÃO CHINESA POR DIALOGO
O Ministério do Comércio da China se manifestou oficialmente, chamando a decisão dos EUA de “um pequeno passo” em direção à correção das políticas de tarifas unilaterais. O ministério pediu que Washington tome medidas mais significativas para revogar as tarifas e que as diferenças comerciais sejam resolvidas por meio de um diálogo equitativo, fundamentado no respeito mútuo.
IMPACTO ECONÔMICO DAS TARIFAS
As isenções anunciadas por Trump representam quase US$ 390 bilhões em importações dos EUA, com base nas estatísticas comerciais oficiais de 2024. Dessas, mais de US$ 101 bilhões são provenientes da China, segundo dados compilados por Gerard DiPippo, diretor associado do Rand China Research Center.
EFEITOS NA ECONOMIA BRASILEIRA
A guerra comercial entre EUA e China, que se intensificou ao longo dos últimos anos, também gerou efeitos econômicos no Brasil. Analistas apontam que o embate pode influenciar a política monetária no país, possivelmente impedindo uma alta mais acentuada da Selic devido à instabilidade gerada pelos conflitos comerciais internacionais.