Dos oito cardeais brasileiros, sete estão aptos a participar do Conclave que elegerá o novo Papa, segundo as regras do Vaticano que limitam o direito de voto a cardeais com menos de 80 anos. O único excluído é Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, que aos 87 anos continuará participando do Colégio dos Cardeais para tratar de assuntos urgentes da Igreja.
Perfil dos cardeais eleitores
Dom Sérgio da Rocha (65 anos)
Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, foi criado cardeal por Francisco em 2016. Com ampla experiência pastoral e acadêmica, já presidiu a CNBB entre 2015 e 2019.
Dom Jaime Spengler (64 anos)
Atual presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, foi nomeado cardeal em dezembro passado. Franciscano com formação em Roma, tem destacada atuação missionária.
Dom Odilo Scherer (75 anos)
Arcebispo de São Paulo desde 2007, foi considerado papável no Conclave de 2013. Teólogo respeitado, anunciou recentemente seu pedido de renúncia por idade.
Dom Orani Tempesta (74 anos)
Arcebispo do Rio desde 2009, organizou a JMJ 2013. Conhecido por seu trabalho ecumênico, foi criado cardeal por Francisco em 2014.
Dom Paulo Cezar Costa (57 anos)
O mais jovem do grupo, arcebispo de Brasília desde 2020. Teólogo com formação em Roma, ajudou a organizar a JMJ 2013 no Rio.
Dom João Braz de Aviz (77 anos)
Veterano participante do Conclave de 2013, foi prefeito de dicastério no Vaticano. Primeiro brasileiro a ocupar cargo tão alto na Cúria Romana.
Dom Leonardo Steiner (74 anos)
Arcebispo de Manaus e primeiro cardeal da Amazônia. Franciscano com forte atuação pastoral na região Norte, foi criado cardeal em 2022.
Processo eleitoral
O Conclave deve começar em até 20 dias, seguindo as normas estabelecidas. Os cardeais ficarão isolados na Capela Sistina até que um novo Papa seja eleito por pelo menos dois terços dos votos.
Trajetórias marcantes
Cada um dos cardeais brasileiros traz experiências únicas: desde Dom Odilo Scherer, que já foi considerado papável, até Dom Leonardo Steiner, representante da Amazônia; passando por Dom Orani Tempesta, organizador da JMJ no Rio, e Dom Paulo Cezar Costa, o mais jovem do grupo.
Enquanto a Igreja se prepara para este momento histórico, os olhos do mundo católico se voltam para Roma, onde decisões cruciais para o futuro da instituição serão tomadas nos próximos dias.