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Dalai Lama diz que pretende viver até os 130 anos e afirma que sucessão espiritual está garantida

No passado, ele chegou a sugerir que poderia ser o último a ocupar o cargo, mas agora confirmou que a tradição deve continuar.

O líder espiritual tibetano, Dalai Lama, participa de uma cerimônia de orações por sua vida em Dharamshala, no norte da Índia, neste sábado (5) | — Foto: Anushree Fadnavis/Reuters
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O líder espiritual do budismo tibetano, Dalai Lama, afirmou neste sábado (5) que espera viver mais de 130 anos. A declaração foi feita durante uma cerimônia de orações em homenagem ao seu aniversário, celebrado neste domingo (6), quando ele completa 90 anos.

LINHAGEM ESPIRITUAL

Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, também comentou sobre a continuidade da linhagem espiritual, dizendo que irá reencarnar após sua morte — algo esperado por seguidores da tradição budista. No passado, ele chegou a sugerir que poderia ser o último a ocupar o cargo, mas agora confirmou que a tradição deve continuar.

Monges tibetanos se reúnem para cerimônia de orações pela longa vida do líder espiritual Dalai Lama — Foto: Anushree Fadnavis/Reuters 

“Tenho conseguido ajudar os ensinamentos budistas e o povo tibetano até aqui. E ainda espero viver mais de 130 anos”, disse, arrancando aplausos dos presentes.

O Dalai Lama participou da cerimônia por cerca de 90 minutos no templo onde vive, na cidade de Dharamshala, norte da Índia. Ele mora no local desde que deixou o Tibete em 1959, após uma tentativa de revolta contra o domínio da China.

Milhares de seguidores de diferentes partes do mundo participaram do evento. Monges tibetanos também estiveram presentes em orações pela saúde e longa vida do líder espiritual.

Durante o encontro, o Dalai Lama reforçou que sua futura reencarnação será reconhecida por uma instituição ligada a ele, o Gaden Phodrang Trust, com sede na Índia. Ele voltou a dizer que essa nova encarnação ocorrerá em um "lugar livre", fora do controle chinês.

escolha do próximo líder

A escolha do próximo Dalai Lama é motivo de disputa com a China. O governo chinês quer participar do processo de sucessão, o que é rejeitado pelo líder espiritual e seus seguidores, que consideram essa interferência uma tentativa de controle político sobre o Tibete.

De acordo com a tradição budista, após a morte do Dalai Lama, monges iniciam uma busca para encontrar a criança em que ele teria reencarnado. Tenzin Gyatso foi identificado como Dalai Lama ainda pequeno, aos dois anos, e reconhecido oficialmente em 1939.

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