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Golpista usa IA para “virar” chefe da diplomacia dos EUA

Falso secretário de Estado envia áudios e textos forjados a diplomatas e políticos

Marco Antonio Rubio, secretário de estado americano | Foto: Reprodução
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Um impostor usou inteligência artificial para se passar pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e conseguiu contato direto com autoridades americanas e estrangeiras. A fraude foi revelada por um telegrama confidencial do Departamento de Estado, obtido pelo jornal Washington Post, e envolveu o envio de mensagens de voz e textos falsos que imitavam com precisão a voz e o estilo de escrita do político republicano.

Segundo o documento, o golpista utilizou o aplicativo Signal para se comunicar com as vítimas. Pelo menos dois ministros de Relações Exteriores de outros países, um governador norte-americano e um membro do Congresso dos EUA foram alvo da ação. O criminoso usou o endereço falso Marco.Rubio@state.gov para criar credibilidade ao contato.

Alvo era acesso a informações confidenciais

Ainda de acordo com o telegrama, datado de 3 de julho, a intenção do golpista era “obter acesso a informações ou contas” de servidores ligados à administração Trump. As mensagens tentavam estabelecer uma comunicação contínua, com convites para conversas pelo aplicativo.

O Departamento de Estado confirmou que uma investigação está em andamento, mas não revelou os nomes dos envolvidos nem o conteúdo exato das mensagens. Em resposta ao jornal, limitou-se a dizer que “continua implementando salvaguardas para evitar que episódios assim se repitam”.

Alerta para futuras tentativas

O caso acendeu o alerta em Washington. O Departamento de Estado pediu aos diplomatas americanos que relatem qualquer tentativa de representação falsa ao Escritório de Segurança Diplomática. Já funcionários de outros órgãos do governo foram orientados a acionar o Centro de Reclamações de Crimes na Internet do FBI.

O uso de inteligência artificial para falsificação de identidade tem sido uma preocupação crescente entre agências de segurança, principalmente por sua capacidade de gerar voz e texto com alta precisão. Este caso reforça os riscos envolvendo tecnologia e segurança nacional.

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