Israelenses e palestinos aprovam cessar-fogo após 41 mortes

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 41 palestinos morreram, incluindo 15 crianças e 4 mulheres, e 311 ficaram feridos desde o início dessa fase de confrontos entre Israel e o grupo Jihad Islâmica.

Reprodução | Reuters
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O governo de Israel e militantes da Palestina chegaram a um acordo de cessar-fogo em Gaza neste domingo (6), após conflitos que começaram na sexta-feira. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 41 pessoas, incluindo 15 crianças e 4 mulheres, morreram na Faixa de Gaza desde o início dessa fase de confrontos entre Israel e o grupo Jihad Islâmica.

Outras 311 pessoas ficaram feridas. Os ataques dos dois lados atravessaram a madrugada de domingo. O cessar-fogo começou a valer às 23h30 de Jerusalém (17h30 de Brasília).

O acordo de cessar-fogo foi intermediado pelo Egito (Foto: reuters)

Esses são os confrontos mais violentos entre Israel e as organizações armadas de Gaza desde a guerra de 11 dias de maio de 2021, que terminou com a morte de 260 pessoas do lado palestino e 14 em Israel.

O acordo de cessar-fogo foi negociado com a intermediação do Egito. A Jihad Islâmica confirmou que chegou a um acordo para uma trégua com Israel graças à mediação dos egípcios. O grupo afirmou que o Egito se comprometeu a agir em favor da libertação de dois prisioneiros.

Agressões neste domingo

O braço armado da Jihad Islâmica anunciou neste domingo que lançou foguetes contra Jerusalém, pouco depois da ativação das sirenes de alerta na cidade. "Há poucos minutos, lançamos foguetes contra Jerusalém", anunciaram as brigadas Al-Qods em um comunicado. Como acontece com 97% dos projéteis lançados a partir de Gaza, foram interceptados pelo escudo antimísseis israelense, segundo o exército do Estado hebreu.

Esta foi a primeira vez que projéteis são lançados contra Jerusalém desde o início da escalada com Israel na Faixa de Gaza.

Os disparos foram efetuados quando centenas de israelenses celebravam um feriado judaico, com a visita de nacionalistas à Esplanada das Mesquitas, conhecida entre os judeus como "Monte do Templo".

As Brigadas Al Qods confirmaram em um comunicado que no atual conflito dispararam também contra as cidades de Ashkelon, Ashdod e Sderot.

Bombardeios e detenções

O Hamas, movimento islamita que governa Gaza desde 2007, fez um alerta em um comunicado contra as "incursões" israelenses que poderiam levar a uma situação "fora de controle". O Hamas, que já travou diversas guerras contra Israel, não participou deste atual conflito.

Esta nova escalada de violência deixou o território de Gaza e seus 2,3 milhões de habitantes sem a sua única central de energia elétrica, que teve que interromper as atividades por falta de combustível, provocada pelo bloqueio das entradas do enclave por Israel desde terça-feira.

Israel contesta os números de crianças mortas

Os números de mortos do Ministério de Saúde Palestino (41, incluindo 15 crianças) foram contestados por Israel. As autoridades israelenses afirmaram que várias crianças palestinas morreram no sábado à noite em Jabalia, no norte de Gaza, após um lançamento frustrado de foguetes da própria Jihad Islâmica em direção a Israel, e não em um ataque de seu exército.

Israel alega que seus ataques, iniciados na sexta-feira de forma "preventiva" diante de possíveis represálias após a detenção de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, são direcionados contra locais de fabricação de armas.

O comandante de operações do exército israelense, Oded Basik, afirmou em um comunicado que a "alta cúpula da ala militar da Jihad Islâmica em Gaza foi neutralizada".



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