O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou nesta quarta-feira (15) o que chamou de “golpes de Estado da CIA”, após Donald Trump anunciar que autorizou operações secretas da agência de inteligência no país sul-americano.
Mais cedo, o jornal The New York Times revelou que o governo dos Estados Unidos havia autorizado ações da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela, incluindo “operações letais”. Com isso, os alvos poderiam ser Maduro e integrantes do governo venezuelano.
EUA X VENEZUELA
Trump confirmou que havia dado autorizações para missões na Venezuela, mas se recusou a responder a uma pergunta sobre se os agentes de inteligência receberam permissão para eliminar Maduro.
Em um discurso na noite desta quarta-feira, Maduro citou o tema indiretamente e afirmou que o povo venezuelano rejeita qualquer tentativa de intervenção no país.
“Chega de golpe da CIA. Não à mudança de regime, que tanto nos lembra das guerras eternas e fracassadas no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e assim por diante”, afirmou.
GUERRA PSICOLÓGICA
O presidente venezuelano também criticou opositores que estão fora do país e que, segundo ele, convocam os Estados Unidos a atacarem a Venezuela. Ele também criticou o que classificou como ameaças dos EUA e guerra psicológica.
“É uma covardia não dar a cara, se esconder em Miami e pedir para bombardear ou atacar militarmente uma pátria de gente nobre, que só trabalha e vive em paz, como a Venezuela”, disse.