Modelo de 23 anos é condenado por matar e castrar seu amante de 65 em quarto de hotel

Renato Seabra, de 23 anos, matou Carlos Castro, de 65 anos, em janeiro de 2011

Renato Seabra, de 23, matou Carlos Castro, de 65, em janeiro de 2011 | AP
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Um tribunal da cidade de Nova York condenou um jovem modelo que matou e castrou seu amante, um proeminente jornalista português, rejeitando o argumento da defesa de que ele não era culpado por razões de insanidade, disseram promotores.

Renato Seabra, de 23 anos, matou Carlos Castro, de 65 anos, em janeiro de 2011 e se declarou inocente da acusação de homicídio em segundo grau alegando insanidade, em um tribunal criminal em Manhattan. O julgamento durou quase dois meses, em parte porque foi adiado vários dias pelo furacão Sandy.

Seabra espancou Castro com um monitor de computador e uma garrafa de vinho e usou um saca-rolhas para cortar os testículos do jornalista num quarto de hotel na Times Square, no centro de Nova York.

"Você não precisa de um especialista para te dizer que isso é comportamento psicótico", disse ao júri um dos advogados de Seabra, David Touger, nos argumentos finais. Mais de 20 médicos diagnosticaram Seabra com desordem bipolar, ele disse.

Mas o júri considerou o modelo culpado depois de deliberar por um dia, anunciando o veredicto nesta sexta-feira.

"Este foi um crime brutal e sádico, onde Renato Seabra espancou e mutilou sua vítima antes de assassiná-la", disse o promotor Vance em comunicado. "Mas o veredicto do júri agora, finalmente, considera Seabra responsável."

"É particularmente trágico que Carlos Castro não foi apenas traído por seu amante rejeitado, mas teve um fim muito doloroso e violento muito longe de sua casa", disse Vance.

A sentença de Seabra, também português, deve ser anunciada em 21 de dezembro.

Castro, que conheceu Seabra pelo Facebook, era um jornalista e ativista de direitos humanos que escrevia sobre moda e sociedade para o Diario de Noticias, o 24Horas e o Correio da Manhã.

Como a relação deles acabou se diluindo em discussões ferozes durante a estadia em Nova York, Seabra ficou enfurecido, disse ao júri a promotora-chefe Maxine Rosenthal.

Após matar Castro, Seabra desconectou o telefone do quarto, destruiu o celular de Castro e colocou o aviso "Não Perturbe" na porta ao sair para ganhar mais tempo, ela disse. Ele pegou cerca de US$ 1.600 da carteira do jornalista e as informações de voo com a intenção de fugir, disse.

"Isso mostra presença de espírito, é uma ação deliberada e é inconsistente com a ilusão", acrescentou.

Seabra deve pegar uma pena mínima de 15 anos de cadeia. A sentença será divulgada no próximo mês.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES