O Papa Francisco, de 88 anos, apresentou uma piora em seu quadro respiratório nesta sexta-feira (28) e precisou iniciar ventilação mecânica não invasiva. O Vaticano informou que ele sofreu uma crise isolada de broncoespasmo e um episódio de vômito com inalação, o que agravou seu estado de saúde. O pontífice permanece consciente e respondeu bem à troca de gases, mas seu prognóstico segue reservado.
Tratamento
Internado há 14 dias no Hospital Gemelli, em Roma, Francisco está em tratamento contra uma pneumonia bilateral. Durante a manhã, ele alternou momentos de fisioterapia respiratória com orações na capela. Apesar do avanço da infecção, recebeu a Eucaristia e colaborou com os procedimentos médicos.
Internação
O boletim médico do Vaticano apontava uma melhora gradual até a quinta-feira (27), mas já alertava para a necessidade de dias adicionais de estabilidade clínica. O comunicado descrevia a infecção como "complexa", causada por múltiplos micro-organismos, e ressaltava a importância do monitoramento contínuo da saúde do pontífice.
Estado
A Santa Sé vinha evitando mencionar o estado crítico do papa nos últimos dias, o que gerou especulações sobre a real gravidade da situação. Nesta sexta-feira, porém, confirmou que o quadro de Francisco é instável e requer cuidados intensivos. Não há previsão de alta hospitalar.
Problemas recorrentes
Desde 2023, o Papa tem enfrentado recorrentes problemas de saúde, incluindo infecções respiratórias e dificuldades de locomoção. Apesar disso, manteve sua rotina de compromissos públicos sempre que possível e evitou afastamentos prolongados de suas funções.
Situação acompanhada pelo Vaticano
A evolução do quadro clínico do pontífice é acompanhada de perto pelo Vaticano. A possibilidade de uma renúncia devido a problemas de saúde já foi mencionada por Francisco no passado, mas, até o momento, ele segue liderando a Igreja Católica enquanto recebe tratamento médico.
Confira o boletim, na íntegra:
“No início da tarde de hoje, após uma manhã alternando fisioterapia respiratória com oração na capela, o Santo Padre apresentou uma crise isolada de broncoespasmo, que, no entanto, causou um episódio de vômito com inalação e um rápido agravamento do quadro respiratório.
O Santo Padre foi prontamente submetido a broncoaspiração e iniciou ventilação mecânica não invasiva, com uma boa resposta nas trocas gasosas. Ele permaneceu sempre alerta e orientado, colaborando com as manobras terapêuticas.
O prognóstico permanece, portanto, reservada. Pela manhã, recebeu a Eucaristia.
É o que informa o boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado na noite desta quarta-feira, 28 de fevereiro, sobre o estado de saúde do Papa, internado há quatorze dias no Policlínico Gemelli".