Polícia britânica juntou provas contra pais de Madeleine

Informação foi relatada pelo embaixador britânico em Portugal ao seu colega americano 15 dias após pais serem declarados suspeitos.

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A polícia britânica ajudou a "juntar provas" contra os pais da menina Madeleine McCann quando eles eram investigados pela polícia portuguesa depois do sumiço da menina em um resort no sul de Portugal em 2007, segundo o relato do embaixador britânico ao embaixador americano no país, registrado em um documento divulgado pelo site WikiLeaks.

De acordo com o diário britânico "The Guardian", que teve acesso aos documentos vazados pelo WikiLeaks com antecipação, a conversa entre os dois embaixadores ocorreu duas semanas após o casal McCann ter sido formalmente considerado suspeito nas investigações.

O documento não especifica quais as evidências encontradas pela polícia contra Kate e Gerry McCann.

A britânica Madeleine, ou Maddie, como ficou conhecida, desapareceu em maio de 2007, quando passava férias com a família na Praia da Luz, em Portugal, quando tinha apenas três anos.

Os pais foram criticados por terem deixado Maddie e seus irmãos menores, Sean e Amelie, sozinhos em uma casa de praia enquanto jantavam em um local próximo com amigos.

Até hoje o caso está sem solução. A polícia portuguesa abandonou as investigações em julho de 2008.

O casal afirmou que "não há absolutamente nenhuma evidência" que os implique no desaparecimento da filha e observou que a polícia portuguesa posteriormente os tirou da lista de suspeitos formais.

Pistas

Os McCann foram considerados suspeitos pela polícia portuguesa

No documento diplomático secreto, marcado como confidencial, o embaixador americano, Al Hoffman, relatou que seu colega britânico, Alexander Wykeham Ellis, "admitiu que a polícia britânica havia juntado as pistas contra o casal McCann e garantiu que as autoridades dos dois países (Reino Unido e Portugal) estavam trabalhando cooperativamente".

Os comentários do embaixador americano contrariam a percepção generalizada de que as suspeitas contra os pais da menina haviam sido levantadas unicamente pelos policiais portugueses que investigavam o caso.

"O desaparecimento de Madeleine McCann no sul de Portugal em maio de 2007 gerou uma atenção da mídia internacional com a polêmica envolvendo a investigação da polícia portuguesa e as ações dos pais de Madeleine", relatou Hoffman no documento.

Segundo ele, "Ellis comentou que o frenesi da mídia era esperado e aceitável enquanto as autoridades mantiverem seus comentários a portas fechadas".

Um porta-voz dos pais de Madeleine comentou a divulgação do documento, afirmando que é "uma nota inteiramente histórica, com mais de três anos".

"Subsequentemente, Kate e Gerry tiveram sua condição de suspeitos retirada, com as autoridades portuguesas deixando claro que não havia absolutamente qualquer evidência para implicá-los no desaparecimento de Madeleine", disse.

"Até hoje, eles continuam a trabalhar incessantemente nas buscas por sua filha, cooperando quando apropriado tanto com as autoridades portuguesas quanto com as britânicas", concluiu o porta-voz.

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