O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou polêmica neste domingo (22) ao sugerir uma possível mudança de regime no Irã. Em uma publicação na rede social Truth Social, ele adaptou seu tradicional slogan de campanha “MAGA” (Make America Great Again) para “MIGA” — Make Iran Great Again (“Tornar o Irã grande novamente”).
Nas redes
“Não é politicamente correto usar o termo ‘mudança de regime’, mas se o atual regime iraniano não é capaz de TORNAR O IRÃ GRANDE NOVAMENTE, por que não haveria uma mudança de regime??? MIGA!!!”, escreveu Trump. A declaração foi feita um dia após os EUA bombardearem três instalações nucleares iranianas, em apoio a Israel, no mais recente capítulo do conflito no Oriente Médio.
Objetivo dos ataques
Apesar do tom agressivo de Trump, o governo norte-americano negou qualquer intenção de derrubar o regime iraniano. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que os ataques tiveram como objetivo impedir o desenvolvimento de armas nucleares, e não promover uma mudança de regime. “Esta missão não era e não tem sido sobre mudança de regime”, afirmou.
Guerra
O conflito entre Irã e Israel se intensificou desde o último dia 13, quando forças israelenses lançaram uma ofensiva contra alvos nucleares iranianos. Em resposta, Teerã retaliou, dando início a uma escalada que atraiu os Estados Unidos diretamente para o confronto armado. Trump, que apoia Israel, já havia sinalizado anteriormente que os EUA poderiam intervir.
Decisão americana
Na semana anterior, Trump afirmou que “já tinha o controle do céu do Irã” e que sabia onde o líder supremo Ali Khamenei estaria escondido, sugerindo que poderia atacá-lo a qualquer momento. Também disse que decidiria em até duas semanas sobre a entrada definitiva dos EUA no conflito com o Irã.
visão de especialistas
Especialistas alertam que a entrada dos Estados Unidos pode agravar ainda mais a situação e desestabilizar o regime iraniano. Para a doutora em Direito Internacional Priscila Caneparo, “os EUA são os únicos com capacidade real para neutralizar o programa nuclear iraniano, algo que Israel, sozinho, não conseguiria”. (Fonte: G1)