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Protestos se espalham pelos EUA contra políticas de Trump e guerra em Gaza

Manifestantes criticam deportações, cortes no funcionalismo e apoio a Israel; bandeiras palestinas e americanas invertidas marcam os atos

Manifestante estende bandeira americana de cabeça para baixo durante protesto contra Trump em Miami, em abril de 2025 | Foto: Lynne Sladky/AP Photo
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Milhares de manifestantes se reuniram neste sábado (19) em Washington e em diversas outras cidades dos Estados Unidos para protestar contra uma série de medidas implementadas pela gestão do presidente Donald Trump. As manifestações criticaram especialmente as deportações em massa, as demissões de funcionários públicos e a aproximação da Casa Branca com regimes autoritários, como os de Israel e da Rússia.

Faixas, cantos e palavras de ordem diante da Casa Branca

Na capital americana, os manifestantes se concentraram em frente à Casa Branca, onde exibiram faixas com frases como "Os trabalhadores devem ter o poder", "Sem monarquia", "Parem de armar Israel" e "Devido processo". Além disso, entoaram cantos em apoio aos imigrantes deportados e em solidariedade a servidores federais que perderam seus empregos. Universidades ameaçadas de perder financiamento também foram defendidas nos discursos. Um dos momentos mais simbólicos ocorreu na Praça Lafayette, quando um manifestante afirmou que a resposta à máquina de deportação seria a formação de redes de resistência para proteger os vizinhos.

Apoio à Palestina e críticas à guerra em Gaza

Com keffiyehs nos rostos e bandeiras da Palestina nas mãos, muitos manifestantes gritaram “Palestina livre” em solidariedade aos mortos na guerra em Gaza. Os protestos também ecoaram críticas à postura dos Estados Unidos diante do conflito na Ucrânia. Bandeiras ucranianas foram erguidas por participantes que exigiam uma reação mais firme contra os ataques promovidos por Vladimir Putin.

Manifestações em diversas cidades dos EUA

Os atos não se limitaram à capital. Nova York, Chicago, Denver, Portland e San Francisco também registraram grandes mobilizações. Em Denver, centenas de pessoas foram até o Capitólio do Estado do Colorado com cartazes exigindo respeito aos imigrantes e criticando diretamente a política de Trump, com frases como “Tire as Mãos!”. A bandeira dos EUA foi hasteada de cabeça para baixo em vários pontos como sinal de protesto. Já em San Francisco, manifestantes se posicionaram em uma praia para formar, com seus corpos, as palavras “Impeach & Remove”, enquanto erguiam outra bandeira americana invertida.

Críticas a Elon Musk e ações comunitárias

Alguns protestos miraram diretamente o bilionário Elon Musk, assessor de Trump, com manifestações em frente a concessionárias da Tesla. Musk tem sido apontado como aliado no desmonte do governo federal. Em outros lugares, os atos assumiram um caráter comunitário, com doações de alimentos, palestras e trabalhos voluntários em abrigos.

Desmonte do governo federal e repressão a universidades

Desde sua posse em janeiro, Donald Trump, com o apoio de Elon Musk, vem promovendo um amplo desmantelamento da estrutura federal. Mais de 200 mil servidores foram demitidos, diversas agências estão sendo reduzidas e dezenas de estudantes estrangeiros foram detidos. O governo também ameaçou cortar o financiamento de universidades que mantêm programas de diversidade, iniciativas ambientais e acolhem manifestações pró-Palestina. As medidas vêm sendo duramente criticadas por entidades de direitos humanos.

Frases de impacto ecoam nas ruas americanas

Frases como “O ódio nunca tornou nenhuma nação grande” e “Direitos iguais para todos não significam menos direitos para você” foram estampadas em cartazes próximos ao Monumento a Washington. Elas refletem o tom de indignação que tomou conta do país neste segundo dia consecutivo de protestos desde que Trump assumiu o cargo.

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