Através de um anúncio o Palácio de Buckingham anunciou que Andrew, irmão do Charles 3º, perderá seus títulos de nobreza e não será mais "príncipe". O processo foi protocolado pelo rei da Inglaterra em meio ao rumor de conexão entre Andrew e o financista e pedófilo Jeffrey Epstein. A situação teria causado constrangimento à família real.
Agora, Andrew passará a ser chamado de Andrew Mountbatten Windsor, e não mais de "príncipe Andrew". O irmão mais novo do rei chegou a renunciar seus títulos reais no início deste mês.
Em relação, se há ou não ligação entre o “ex-príncipe” e Epstein, Andrew negou qualquer contato com o pedófilo.
O QUE DIZ O PALÁCIO REAL
O Palácio também informou que, além dos títulos, Andrew terá que deixar também a Royal Lodge, residência onde ele mora, e deverá se mudar para uma residência privada.
"Seu contrato de arrendamento da Royal Lodge lhe garantia, até agora, proteção legal para continuar no local. Foi emitida uma notificação formal para a devolução do contrato, e ele se mudará para outra residência privada. Essas sanções são consideradas necessárias, apesar do fato de ele continuar a negar as acusações."
Segundo apuração da BBC, Andrew será transferido para a propriedade de Sandringham, em Norfolk (Inglaterra), mas os detalhes sobre sua nova residência não foram divulgados.
O QUE LEVOU A DECISÃO?
As ligações de Andrew com Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, estão no centro do novo anúncio. Epstein foi condenado em 2008, no Estado americano da Flórida, por solicitar serviços de prostituição a uma pessoa menor de 18 anos. Ele morreu em 2019, enquanto aguardava outro julgamento por tráfico sexual.
No início de outubro, vieram à tona e-mails de 2011 que mostram Andrew em contato com Epstein meses depois de afirmar que havia encerrado a amizade
INVESTIGADO POR ABUSO SEXUAL
A norte-americana Virginia Giuffre processou Andrew por abuso sexual. De acordo com ela, as violências sexuais teriam acontecido ainda quando era menor de idade, aos 17 anos, em três ocasiões diferentes em 2001. Ela afirmou que, naquele ano, Epstein a levou para Londres e a apresentou ao príncipe Andrew. Em 2022, eles firmaram um acordo.
Nas últimas semanas, a pressão sobre a monarquia para resolver o impasse envolvendo o irmão do rei, que chegou a ser vaiado por um manifestante nesta semana.