O empresário russo Roman Novak, acusado de comandar um esquema bilionário de fraude com criptomoedas, e sua esposa, Anna Novak, foram brutalmente assassinados nos Emirados Árabes Unidos. O casal teria sido sequestrado por criminosos que exigiam acesso à carteira digital antes de serem mortos e esquartejados. As circunstâncias do crime são investigadas pela polícia de São Petersburgo, em cooperação com as autoridades locais.
Sequestro e Execução em Resort Próximo a Dubai
De acordo com o jornal russo Komsomolskaya Pravda, o casal desapareceu em 2 de outubro, após ser atraído a um resort nas montanhas de Hatta, próximo a Dubai, por criminosos que se passavam por investidores interessados em seus negócios. No local, os dois foram mantidos em cativeiro, enquanto os sequestradores exigiam as senhas de acesso à carteira de criptomoedas de Novak.
Quando perceberam que o saldo estava vazio, os criminosos executaram e desmembraram o casal, abandonando partes dos corpos em lixeiras de um shopping center, segundo o portal Fontanka. Até o momento, os restos mortais ainda não foram totalmente localizados.
— Segundo informações preliminares, Novak e sua esposa foram sequestrados para pedido de resgate. Quando os criminosos perceberam que não receberiam o dinheiro, mataram os dois — relatou uma fonte à imprensa russa.
Vida de Luxo e Histórico de Fraudes
De nacionalidade russa, Roman Novak era conhecido nas redes sociais por ostentar uma vida de luxo em Dubai, com carros esportivos, aviões particulares e viagens internacionais, incluindo passeios pela Disneylândia. Ele também se gabava de possuir veículos avaliados em mais de US$ 1,9 milhão, entre eles um Rolls-Royce e um Cobra britânico vintage.
O empresário ganhou notoriedade ao criar um aplicativo de investimentos em criptomoedas que prometia lucros rápidos e movimentou cerca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões) antes de desaparecer com o dinheiro dos investidores.
Prisões e Continuação das Investigações
As autoridades confirmaram que oito pessoas foram presas em conexão com o crime, incluindo antigos investidores lesados pelo golpe e um ex-funcionário do Ministério do Interior da Rússia.
O último sinal dos telefones do casal foi detectado em 4 de outubro, em Cidade do Cabo, na África do Sul, antes de serem desligados definitivamente. As investigações continuam em cooperação com a polícia dos Emirados Árabes.