Dois fortes terremotos atingiram neste domingo (20) a costa da Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia. O mais intenso teve magnitude de 7,4, precedido por um tremor de 6,7, segundo dados do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) e do Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro dos abalos foi registrado no Oceano Pacífico, entre 130 e 144 quilômetros da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, capital regional.
Alerta de tsunami e ondas de até 60 cm
A sucessão de tremores mobilizou os serviços de emergência russos, que emitiram alerta de tsunami para parte da costa. O Ministério de Situações de Emergência da Rússia informou que ondas de até 60 centímetros podem atingir o distrito de Aleutsky, nas Ilhas Comandantes, região pouco habitada. Já áreas continentais, como Ust-Kamchatsky e Petropavlovsk-Kamchatsky, devem ser afetadas por ondas menores, de até 40 e 15 centímetros, respectivamente.
Nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Alerta de Tsunami chegou a emitir alerta para o Havaí, mas a ameaça foi posteriormente descartada.
População orientada a buscar abrigo
Como medida preventiva, as autoridades russas recomendaram que moradores deixem as áreas costeiras e busquem abrigo em locais elevados, a pelo menos 30 metros de altitude ou, na ausência de relevo, a pelo menos 2 quilômetros da costa. Em relação às embarcações, a orientação é que deixem a zona costeira e sigam em direção ao mar aberto, onde há menor risco de impacto das ondas.
Zona de alta atividade sísmica
A Península de Kamchatka é uma das regiões mais ativas do mundo do ponto de vista sísmico. Localizada no encontro entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, a área é frequentemente palco de terremotos de grande magnitude. Desde 1900, pelo menos sete tremores com força igual ou superior a 8,3 já foram registrados na região, de acordo com o Serviço Geofísico dos EUA.
Apesar da intensidade dos abalos registrados neste domingo, não há, até o momento, relatos de vítimas ou danos estruturais significativos. As autoridades continuam monitorando a situação.