O Exército de Israel afirmou nesta terça-feira (17) que eliminou Ali Shadmani, o mais alto comandante militar do Irã, em um bombardeio aéreo noturno em Teerã. Segundo o comunicado, Shadmani era considerado a figura militar mais próxima do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano. O Irã, até o momento, não confirmou a morte do general.
De acordo com o Exército israelense, a ação teve como alvo um centro de comando no coração da capital iraniana. “A Força Aérea israelense aproveitou uma oportunidade súbita durante a madrugada e atingiu o centro de comando, eliminando Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior em tempos de guerra”, diz a nota. O texto ainda ressalta que o general comandava tanto a Guarda Revolucionária quanto as Forças Armadas iranianas.
Este é o quinto dia de confronto aberto entre Israel e Irã, marcando uma escalada sem precedentes no histórico de tensões entre os dois países. A ofensiva israelense começou na sexta-feira (13), após décadas de ações indiretas em outros países da região.
Explosões em Tel Aviv e Jerusalém
Durante a manhã, sirenes de alerta soaram em Tel Aviv e Jerusalém após mísseis iranianos serem lançados contra as cidades. Em resposta, Israel anunciou “ataques em larga escala” contra alvos militares no oeste do Irã.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que participava da cúpula do G7 no Canadá, fez um apelo para que os moradores de Teerã abandonassem a cidade imediatamente. Em sua rede Truth Social, escreveu: “Todos deveriam deixar Teerã imediatamente!”
Trump deixou o G7 mais cedo por causa da crise e afirmou que seu retorno a Washington “não tem relação com cessar-fogo”, mas com algo “muito maior”. O secretário de Defesa americano, Peter Hegseth, anunciou o envio de recursos adicionais ao Oriente Médio para fortalecer a defesa dos EUA na região, embora Washington negue participação direta nos ataques israelenses.
Esforços diplomáticos
Líderes do G7 defenderam uma solução diplomática e pediram o retorno do Irã às negociações sobre seu programa nuclear. França, Alemanha e Reino Unido também cobraram que Teerã volte “sem pré-condições” à mesa de negociações.
O chefe negociador iraniano, Abbas Araghchi, questionou se Trump estaria realmente interessado em encerrar a guerra. “Uma única ligação de Washington poderia silenciar Netanyahu e abrir caminho para a diplomacia”, disse.
Crescem os ataques e mortes
Segundo o Exército iraniano, drones e mísseis destruíram posições estratégicas em Tel Aviv e Haifa durante a madrugada. O premiê Benjamin Netanyahu declarou que a ofensiva israelense está “mudando a face do Oriente Médio” e que os líderes iranianos estão sendo eliminados “um a um”.
Ele afirmou que matar o aiatolá Ali Khamenei encerraria o conflito, mas fontes americanas revelaram que Trump vetou um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã. O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou a tentativa de mudança de regime como um “erro estratégico”.