A partir desta sexta-feira (2), os EUA passam a cobrar a supertaxa sobre produtos de baixo valor importados da China e de Hong Kong. A medida, apelidada de “supertaxa das blusinhas”, foi assinada pelo presidente Donald Trump em abril e acaba com a isenção para encomendas de até US$ 800 (cerca de R$ 4,5 mil) que vinham isentas de impostos sob a política conhecida como “de minimis”. 🧾📦
Valor
Agora, remessas dentro desse valor passam a ser taxadas em 120% ou com uma cobrança fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item, o que for maior. A expectativa é que esse valor suba ainda mais a partir de 1º de junho, chegando a US$ 200 (R$ 1,1 mil). Segundo as diretrizes atualizadas da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), pacotes oriundos da China e de Hong Kong — independentemente do tamanho — estarão sujeitos a uma alíquota de 145%. ❗📉
De fora
Itens como smartphones ficaram de fora da nova regra, mas a maioria dos produtos populares em plataformas como Shein e Temu serão afetados. A medida atinge diretamente essas varejistas online chinesas, que dominam as remessas de baixo valor que entram nos EUA. Segundo a agência Reuters, 60% das encomendas isentas vinham da China, e mais de 90% das remessas totais aproveitavam o regime “de minimis”. 📲📦
Empresas se adaptam às mudanças
Diante da mudança, empresas como a Temu se adaptaram rapidamente, adotando modelos logísticos semelhantes aos da Amazon, com envios em grandes volumes para centros de distribuição nos EUA. Já a Shein elevou os preços de diversos itens em até 377% no país, numa tentativa de se antecipar ao impacto da nova taxação. 🏷️📈
Reação imediata
A reação do consumidor americano foi imediata: muitos correram para estocar produtos antes da entrada em vigor das tarifas. O temor de encarecimento generalizado acelerou a demanda, o que também influenciou diretamente nas exportações chinesas. Em março, o país asiático viu suas vendas ao exterior crescerem 12,4% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. 📊🚢
Especialistas
Na avaliação dos especialistas, a medida tem forte viés protecionista e eleitoral. Ao mirar grandes varejistas chinesas que concorrem com empresas americanas, Trump acena para uma base política nacionalista e industrial. O movimento ecoa o discurso de valorização da produção doméstica, tema-chave em anos de campanha. 🗳️