Quase dois milhões de pessoas no Japão foram orientadas a deixar suas casas após a chegada de um tsunami causado por um terremoto de magnitude 8,8 na Rússia. O tremor também gerou alertas em diversos países das Américas, incluindo os Estados Unidos, além de evacuações no Havaí.
A Agência de Gerenciamento de Incêndios e Desastres do Japão emitiu alertas para mais de 100 municípios ao longo da costa do Pacífico, de Hokkaido a Okinawa. Em algumas cidades, serviços de balsas e aeroportos foram suspensos.
Em uma das praias, várias baleias ficaram encalhadas. A princípio, a TV japonesa sugeriu uma possível relação com o tsunami, mas a informação foi posteriormente descartada. O caso ocorreu na Praia de Hirasuna, em Chiba.
Sirenes foram acionadas em cidades japonesas para alertar sobre o tsunami, e alguns serviços de trem foram suspensos. No Havaí, áreas de risco estão sendo evacuadas.
O presidente Donald Trump afirmou que o alerta também se estende à Costa Oeste dos EUA e ao Alasca, onde as primeiras ondas já chegaram. A previsão é de que o tsunami atinja ainda nesta quarta-feira (30) estados como Oregon, Washington e São Francisco.
China, Canadá, México, Chile, Filipinas e Indonésia também emitiram alertas. O Peru monitora a situação, e o Equador prevê ondas de até 1,5 metro nas Ilhas Galápagos.
O Ministério de Emergências da Rússia informou que um tsunami inundou partes de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, forçando a evacuação de cerca de 2 mil moradores. Um vídeo nas redes sociais mostra prédios submersos.
Segundo a agência TASS, o distrito declarou estado de emergência após as ondas arrastarem barcos e contêineres. Quase 300 pessoas foram retiradas do porto. A mídia estatal relatou feridos leves no terremoto.
A região faz parte do Círculo de Fogo do Pacífico, zona propensa a fortes terremotos e erupções vulcânicas. Este foi o tremor mais forte no mundo desde 2011, quando um abalo de magnitude 9,1 atingiu o Japão, provocando um tsunami que deixou mais de 20 mil mortos e desaparecidos.