O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que cancelará a licença da Chevron na Venezuela a partir do próximo dia 1º de março. A licença permite que a petroleira americana aumente a produção no país e exporte petróleo cru para os EUA, contornando as sanções impostas à Venezuela. Trump justificou a decisão citando as condições eleitorais no país sul-americano e a política de deportação de imigrantes venezuelanos.
O regime [da Venezuela] não tem transportado os criminosos violentos que eles enviaram para o nosso país (os bons e velhos EUA) de volta para a Venezuela no ritmo rápido que eles haviam concordado.
Afirmou Trump na rede social Truth Social.
autorizações concedidas por Biden
Em novembro de 2022, o governo do então presidente dos EUA, Joe Biden, havia concedido autorizações especiais para a Chevron operar na Venezuela, flexibilizando o embargo ao país. A licença permitiu que a petroleira ampliasse sua participação na economia local, contribuindo para a reativação do crescimento econômico.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, criticou a decisão de Trump, classificando-a como prejudicial e inexplicável. Ela argumentou que, ao tentar prejudicar os venezuelanos, Trump estaria afetando os próprios EUA e suas empresas.
Venezuela ressalta que este tipo de ações falidas impulsionaram a migração dos anos 2017 a 2021 com consequências amplamente conhecidas. A Venezuela continuará seu caminho de recuperação econômica integral, garantindo-o com o esforço criativo de todos e em absoluta adesão à sua soberania e independência nacional.
Desde agosto de 2017, a Venezuela enfrenta uma série de sanções unilaterais impostas por Washington e pela União Europeia contra seus setores financeiro, petrolífero e de mineração. Essas medidas têm agravado a crise econômica do país, que perdeu cerca de 7 milhões de habitantes devido à emigração nos últimos anos.
conquista da oposição
A oposição venezuelana vinha pressionando o governo dos EUA a revogar a autorização da Chevron como forma de aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, acusado de fraudar as eleições presidenciais de julho de 2024.
A líder oposicionista Corina Machado afirmou que a medida envia uma mensagem clara e firme de que Maduro está em grandes apuros e o presidente Trump está com o povo venezuelano. Corina recebeu a notícia durante uma entrevista ao canal do filho de Trump, Donald Trump Jr.
Com informações de Agência Brasil