Em praticamente seis meses de mandato, o presidente Donald Trump indicou 61 embaixadores para chefiar representações diplomáticas dos Estados Unidos no exterior, segundo a Associação do Serviço Exterior Americano (AFSA, na sigla em inglês).
Trump designou nomes de sua escolha até mesmo para países da América Latina com governos ideologicamente desalinhados com a Casa Branca, como o México, a Colômbia e o Chile.
EMBAIXADA DO BRASIL
A embaixada americana no Brasil, entretanto, está sem titular desde janeiro. Dias antes da posse de Trump, Elizabeth Bagley deixou Brasília e retornou para os Estados Unidos.
Bagley foi nomeada pelo ex-presidente Joe Biden. Ela é uma tradicional doadora de recursos para campanhas do Partido Democrata.
Desde sua saída, a embaixada é chefiada pelo encarregado de negócios, Gabriel Escobar. Ele tem experiência nas representações diplomáticas dos Estados Unidos em países como Paraguai, Bolívia e Sérvia.
BRASIL X EUA
A situação do Brasil difere completamente da vizinha Argentina, para onde o presidente americano anunciou Peter Lamelas antes mesmo de sua posse. Lamelas, médico de formação, é um empresário de origem cubana -- fundador de uma rede de atendimento de urgências médicas na Flórida com acesso frequente a Mar-a-Lago, o resort privado de Trump.
Para a Colômbia, Trump indicou o advogado Dan Newlin, apoiador do Partido Republicano e ex-xerife no condado de Orange (Flórida).
indicados
De acordo com a AFSA, dos 61 indicados até agora por Trump, 58 são embaixadores políticos. Apenas três são escolhas feitas dentro da própria carreira diplomática. A lista inclui organismos internacionais, como a ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos).
Para a China, por exemplo, o presidente americano decidiu escolher David Perdue, um ex-senador republicano pela Geórgia -- estado que deu vitória a Biden em 2020 e recuperado por Trump em 2024.
Com informações da CNN.